Servidores do Detran-GO são afastado por emissão de CNHs falsas

Nesta terça-feira (1) aconteceu a segunda fase da Operação Minnesota, que tem como objetivo investigar crimes de estelionato contra a Administração Pública por fraude documentais, crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Serão cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, afastamento funcional de três servidores que atuam no Detran/GO, sequestro de móveis e imóveis, além de sequestro de valores de R$ 1,2 milhão e um mandando de prisão preventiva.

A operação foi iniciada em novembro de 2020, após a comunicação de que o Detran realizou processo de auditagem em processo de Registro de Estrangeiros, resultando na emissão de CNHs por meio de requerimento de condutor habilitado em país estrangeiro. Inicialmente, foi constatada a existência de inúmeros processos abertos do gênero e repetições de numeração de passaportes para candidatos diferentes.

Os membros da organização criminosa é composta por funcionários públicos e despachantes que tinha o objetivo de captar pessoas que não tinha condições de aprovação na prova escrita ou prova prática de volante, ou que, simplesmente queria obter a CNH sem passar por nenhuma prova. Os pagamento giravam em torno de R$ 5 mil a R$ 8 mil por habilitação. Após o pagamento, o sistema era manipulado com a inserção de dados e documentos falsos para emissão da CNH, que era entregue ao candidato como documento materialmente verdadeiro.

De acordo com levantamentos, há indicações de fraudes em processos de habilitação nos anos de 2019 e 2020, porém podem ter sido realizados também nos anos anteriores. As fraudes ocorriam com o uso de habilitação forjada do Estado de Minnesota, Estado Unidos, onde apenas é exigido exames de aptidão física/mental e avaliação psicológica para a emissão da Carteira Nacional de Habilitação.

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Ministro da Agricultura apoia suspensão de fornecimento de carne ao Carrefour Brasil

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, declarou nesta segunda-feira, 25, seu apoio à decisão de frigoríficos brasileiros de interrupção o suficiente de carne ao Carrefour no Brasil. A medida foi uma resposta às declarações do CEO global da rede, Alexandre Bompard, que anunciou na última quarta-feira, 20, que o Carrefour deixará de comprar carne do Mercosul, alegando riscos relacionados ao cumprimento de critérios

A decisão do Carrefour foi anunciada em meio aos protestos de agricultores franceses contrários ao acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. Embora a extensão da restrição não tenha sido inicialmente esclarecida, a empresa informou posteriormente que a medida se aplica às lojas em França. A postura do Carrefour gerou críticas tanto de representantes do governo quanto de agricultores do bloco sul-americano.

Em entrevista à Globonews, Fávaro criticou o tom utilizado pela Bompard ao abordar a qualidade da carne brasileira, considerando as declarações inaceitáveis. “Não é pelo boicote econômico, mas pela forma como o CEO do Carrefour tratou a questão. Ele colocou em dúvida a qualidade sanitária da carne brasileira, algo inadmissível”,

Fávaro também defendeu o rigor ambiental e sanitário do Brasil, ressaltando que o país possui um dos Códigos Florestais mais exigentes do mundo. Ele classificou as discussões do Carrefour como uma tentativa de criar barreiras comerciais. “A França compra carne do Brasil há 40 anos. Só agora resolvi detectar um problema? Isso é absurdo. Se o Carrefour na França não quer carne brasileira, nossos fornecedores estão certos em não fornecer o produto nem para as lojas no Brasil”, declarou.

Em resposta, o Carrefour Brasil emitiu uma nota informando que a suspensão da quantidade de carne impacta seus clientes e que a empresa está buscando soluções para normalizar o abastecimento do produto em suas lojas

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