Servidores do Detran são investigados por transferências irregulares de veículos

A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR), deflagrou nesta quarta-feira, 28, uma operação que investiga servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) suspeitos de transferir carros de forma ilegal entre 2021 e 2022.

Ao todo, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e outros oito mandados de prisão nos municípios de Goiânia, Anápolis, Trindade, Santa Helena, Mozarlandia e Caldas Novas.

Segundo a Polícia Civil de Goiás, as transferências ilegais foram realizadas por servidores comissionados e efeitos lotados na sede do Detran. Os funcionários suspeitos se associaram a despachantes, “garageiros”, compradores e vendedores de veículos para cometerem os crimes, que só eram cometidos após pagamentos de vantagens ilícitas para os envolvidos no esquema.

Os principais servidores investigados tinham acesso ao Sistema de Serviços do Portal Detran-GO, com senhas restritas, e aproveitam a facilidade dos acessos para realizar os serviços ilegais. Entre os crimes cometidos estão falsificação de documentos, uso de documentos falsos, falsidade ideológica majorada, peculato-eletrônico, corrupção passiva e corrupção ativa, em continuidade delitiva.

Além dos crimes, também foi identificado pela Polícia Civil uma grande demanda de serviços fraudulentos, como cancelamentos ilegais de comunicados de venda e de intenções de venda, inclusões indevidas de novos comunicados de venda e de intenções de vendas e transferências ilegais de propriedades de veículos para terceiros.

O esquema realizado causava prejuízo para o órgão público, uma vez que os envolvidos no esquema transferiam os veículos sem pagar as taxas devidas. Com isso, a DECCOR analisou 30 processos administrativos instaurados pelo Detran para investigação do caso. A investigação também prendeu computadores da autarquia utilizados para práticas fraudulentas e documentos públicos e particulares falsificados utilizados para cometerem os crimes.

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Bilhete de ônibus na capital paulista sobe para R$ 5 em janeiro

A prefeitura de São Paulo fechou em R$ 5,00 a tarifa básica dos ônibus da capital. O valor, que teve 13,6% de reajuste, passará a ser cobrado no dia 6 de janeiro.

O preço atualizado do bilhete seguirá para a Câmara Municipal dos Vereadores, conforme estabelece a legislação. Em nota, a prefeitura lembrou que todas as gratuidades existentes continuam mantidas, assim como a integração do passageiro em até quatro ônibus dentro de um período de três horas.

A gestão municipal já havia antecipado nesta quinta-feira, 26, mais cedo, que o preço da passagem deveria ficar entre R$ 5,00 e R$ 5,20. A definição ocorreu após reunião de representantes da prefeitura e da São Paulo Transporte (SPTrans).

Em conferência pública que reuniu membros do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), transmitida pela internet, durante a manhã, a superintendente de Receita e Remuneração da SPTrans, Andréa Compri, afirmou que o aumento se justifica porque os valores praticados atualmente equivalem aos de 2019. Destacou ainda, em sua apresentação, junto a outros registros do sistema de transporte, que o custo para mantê-lo este ano foi de aproximadamente R$ 1 bilhão.

Entre os argumentos usados pela SPTrans para convencer sobre a necessidade do reajuste, está a parcela de usuários beneficiados pela gratuidade. De 2019 a 2024, os pagantes equivalem sempre a, pelo menos, metade dos passageiros. Este ano, foram 50%, enquanto os passageiros que têm gratuidade formavam uma parcela de 28% e os de transferências ônibus-ônibus, sem acréscimo tarifário, respondiam por 22%.

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