Servidores evitam fuga de 32 detentos de presídio em Aparecida de Goiânia

Servidores impedem fuga de detentos

Servidores da Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia, evitaram a fuga de 32 presos do presídio, na madrugada desta quarta-feira (17). Os custodiados pretendiam fugir do local usando materiais retirados da própria estrutura da unidade e cordas artesanais.

De acordo com a 1ª Coordenação Regional Prisional (CRP) da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), os detentos foram avistados pelos servidores próximo ao módulo de segurança do presídio. Foram iniciados procedimentos de ronda e varredura da área, para evitar que os presos conseguissem fugir.

Durante a ronda, os servidores perceberam que os detentos corriam em direção ao muro do presídio, porém, eles ignoravam a voz de parada dos agentes.

“Os detentos que tentaram subverter a ordem e disciplina utilizaram barras de ferro retiradas da estrutura do local para atentarem contra a integridade física dos servidores, que de forma honrosa e eficiente contornaram a situação”, frisa o superintendente de Segurança Penitenciária, Leopoldo de Castro. “O uso dos procedimentos operacionais padrão da instituição garantiu que a injusta agressão fosse sanada, além de assegurar a integridade física tanto da população carcerária quanto dos servidores”, explicou.

Após retomada da ordem, foi realizada a contenção de detentos no pátio de banho de sol, onde foi confirmado que nenhum conseguiu fugir do local.

“Durante a ação, verificamos que os cadeados das celas e da grade de acesso ao pátio do banho de sol haviam sido rompidos, além de constatar o dano patrimonial com a retirada das barras de ferro da estrutura”, comenta o diretor da POG, Roberto Lourenço. “Verificou-se ainda, que os pesos cortaram a grade superior do banho de sol e estavam com uma corda de lençóis denominada pelos presos como “Tereza”, complementa.

Os detentos também utilizaram ferramentas improvisadas para iniciar a perfuração de um buraco que iria auxiliar na fuga em massa. A segurança do local foi reforçada e procedimentos administrativos foram abertos para apurar os fatos e aplicação das sanções disciplinares aos detentos envolvidos na ocorrência.

Os detentos utilizaram uma espécie de corda denominada ”Tereza” para conseguir sair das celas (Foto: Divulgação/DGAP)

Os presos cumprem pena por crimes como documento falso, roubo, homicídio e tráfico de entorpecentes.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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