Servidores públicos de Goiânia e Aparecida terão ponto facultativo de Carnaval

Os servidores públicos de Goiânia e de Aparecida de Goiânia terão emenda no Carnaval a partir da segunda (28). Os prefeitos das duas cidades concederam ponto facultativo até a próxima quarta (02) pela manhã nos serviços não essenciais, com retorno a partir das 14 horas. A decisão segue decreto do governador Caiado, que já concedia a emenda aos funcionários das repartições públicas estaduais.

Em Goiânia, a concessão surge após anúncio do próprio prefeito de que os servidores trabalhariam normalmente para evitar aglomerações. Ele afirmou no início de fevereiro que a suspensão das atividades era obrigatória porque Goiânia não incluiu o Carnaval como feriado no calendário municipal.

Apesar do recuo, o prefeito ainda manteve a proibição de blocos de rua, baladas e grandes shows pelo segundo ano consecutivo­­ devido ao alto número de casos de covid na capital. Rogério Cruz também usou a oportunidade para informar, em seu perfil no Twitter, que o salário do funcionalismo já havia sido antecipado e liberado hoje.

“Aproveitem o feriado de carnaval para descansar. Quem não estiver de plantão, retorna na próxima quarta-feira (2/3), às 14 horas, com o ânimo e competência de sempre”, postou o prefeito na rede social.

No âmbito estadual, o governador Ronaldo Caiado já havia confirmado o ponto facultativo com pouco mais de duas semanas de antecedência, através da publicação de um decreto no Diário Oficial do Estado em 10 de fevereiro. O pagamento do salário deste mês será disponibilizado com antecedência nesta sexta (25), por causa do feriado.

Imunização contra covid

A vacinação contra Covid em Aparecida não ocorrerá na segunda (28) e na terça (01), mas será retomada na quarta (02). A reportagem do Diário do Estado entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Saúde de Goiânia que informou ainda estar produzindo a programação, que será liberada nos próximos dias.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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