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Servidores são presos por exigir propina para não fiscalizar eventos

Última atualização 09/08/2018 | 18:57

A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira, dia 9, em Formosa, cidade a 70km de Brasília, quatro homens suspeitos de exigir propina para fazer “vistas grossas” quanto ao ingresso de menores em festas e casas noturnas da região. De acordo com o delegado José Antônio Machado Sena, três presos são integrantes do Departamento de Proteção à Criança e ao Adolescente e o outro detido já havia trabalhado no órgão.

O delegado esclareceu que os presos não fazem parte dos quadros do Poder Judiciário, embora sejam nomeados para a função por um juiz e destacou que os servidores também não são policiais. “Eles não integram o Poder Judiciário, embora tenham a atribuição de fiscalizar a entrada e permanência de crianças e adolescentes em locais inadequados e impróprios para menores”, frisou.

A investigação da Polícia Civil durou cerca de dois meses e apurou que eles exigiam valores para não autuar responsáveis por eventos que ofereciam bebidas alcoólicas e, às vezes, drogas ilícitas para menores. Além disso, o grupo cobrava para a realização de serviços de segurança privada nesses eventos.

“Quando eles não eram contratados pelos organizadores das festas para fazer a segurança, intensificavam a fiscalização nos eventos. Por outro lado, quando eram atendidos em suas exigências ilegais, não cumpriam com a obrigação de fiscalizar”, explicou Sena.

Para identificar o esquema criminoso, agentes da Polícia Civil se passaram por empresários organizadores de eventos e descobriram como eram feitas as exigências de propinas. O delegado optou por não divulgar os nomes do detidos neste momento para não comprometer a sequência das investigações, uma vez que outras pessoas ainda serão ouvidas nos autos do Inquérito Policial.