SES Goiás não descarta retorno de uso obrigatório de máscaras

Em BH, uso de máscaras volta a ser obrigatório no transporte e em áreas da saúde

O uso de máscaras em locais fechados pode ser novamente obrigatório em Goiás se os dados sobre a Covid permanecerem em larga escalada. A informação foi repassada com exclusividade para a reportagem do Diário do Estado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). Questionada sobre o assunto, a pasta não descartou a possibilidade.

“A SES avalia o cenário epidemiológico e o monitora sistematicamente para a tomada de decisões. O período mais frio e ainda, pessoas não-vacinadas ou com esquema vacinais incompletos  resultaram no aumento de casos  de Covid e Influenza, além de Síndromes Respiratórias Agudas Graves por outros agentes etiológicos”, respondeu a assessoria de imprensa.

O item de proteção individual se tornou facultativo em março. Em nota técnica publicada à época, a proteção facial continuou sendo recomendada para grávidas, idosos acima dos 60 anos, pessoas com comorbidades, sintomáticos respiratórios, além do uso em serviços de saúde e ambientes abertos ou fechados com aglomeração de pessoas com destaque para transporte coletivo e escolas.

Desde setembro do ano passado, vigora em Goiás um decreto de situação de emergência na saúde pública. Embora não inclua retorno de máscara e apresentação de passaporte vacinal, a medida permite a diminuição de burocracias em processos como a aquisição de medicamentos e insumos médicos sem licitação e a contratação de profissionais da saúde, por exemplo.

O aumento de casos de covid em todo o País está fazendo alguns estados tornarem a máscara novamente obrigatória em espaços coletivos fechados. Nas últimas semanas, São Paulo, Distrito Federal e Rio de Janeiro anunciaram o fim parcial da flexibilização

Confira em detalhes a nota técnica publicada em março clicando aqui.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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