A sessão da Câmara Municipal de Goiânia foi suspensa nesta quinta-feira (17) por falta de quórum. A Casa voltaria a discutir em plenário a mudança de nome da Avenida Castelo Branco para Avenida Iris Rezende. A proposta do vereador Clécio Alves (MDB) teve veto do prefeito Rogério Cruz (Republicanos). O veto, por sua vez, foi derrubado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara na quarta-feira (16). Por isso, o plenário da Casa voltaria a discutir o projeto hoje. Nesta manhã, empresários da avenida Castelo Branco foram à Câmara pedir a manutenção do nome.
O vice-presidente da Câmara e autor do projeto, Clécio Alves (MDB), suspendeu a sessão e convocou outra para a próxima terça-feira (22). Para formar quórum a exigência é de, no mínimo, 12 vereadores.
A movimentação de empresários nesta manhã foi organizada pelo Sindicato do Comércio Varejista do Estado de Goiás (Sindilojas). “Além de visitar os gabinetes e abordar individualmente os vereadores, o Sindilojas-GO enviou ofício ao presidente da Câmara, Romário Policarpo (Patriota), solicitando empenho do chefe do Legislativo Municipal no sentido de manter a via pública com o nome de Avenida Castelo Branco”, informa a nota do sindicato.
“Apesar de reconhecer o legado do ex-governador e ex-prefeito Iris Rezende, o Sindilojas-GO argumenta que ‘nada justifica nesse momento a mudança do seu nome’”, continua o texto.
O Fórum das Entidades Empresariais de Goiás se manifestou na quarta-feira (16), acusando a derrubada do veto de ação “que ataca o legado de Iris Rezende usando seu respeitoso nome na busca de criar fatos polêmicos para tentar um protagonismo que merece o repúdio e crítica da sociedade”, segundo a nota divulgada.
O vereador Clécio Alves (MDB) justifica o projeto como forma de homenagear Iris.
“Hoje, a Avenida traz o nome de um algoz ditador e isso para mim é inaceitável. Precisamos mudar a nossa história”, afirma o vereador.
Antes do veto, em que a prefeitura alega falta de consulta à população sobre a mudança, a proposta havia sido assinada por 32 vereadores. Na terça-feira (15), a Procuradoria da Câmara de Goiânia apontou que o veto é antijurídico. O documento é assinado pelo procurador-chefe da Casa, Kowalsky do Carmo Costa Ribeiro, e defende que um projeto de lei não exige abaixo-assinado. A discussão deve ser retomada na próxima semana, em plenário.