Sete pessoas morrem durante novo tumulto no aeroporto de Cabul

Sete pessoas morreram durante um novo tumulto nos arredores do aeroporto internacional de Cabul neste sábado (21). Os afegãos tem tentando, através de alternativas desesperadas, deixar o Afeganistão após a capital ser tomado pelo Talibã.

“Nossos sinceros pensamentos estão com as famílias dos sete civis afegãos que infelizmente morreram em multidões em Cabul”, disse o ministério da Defesa do Rio Unidos em comunicado neste domingo (22/8). “As condições no local continuam extremamente desafiadoras, mas estamos fazendo tudo o que podemos para gerenciar a situação da forma mais segura e protegida possível.”

Com a rápida tomada do Talibã, foi gerado um temor de represálias e o retorno da versão dura da lei islâmica, exercida pelo grupo enquanto estavam no poder há 20 anos atrás.

Com isso, multidões tem crescido nos arredores do aeroporto da capital Cabul ao logo da última semana, dificultando operações do Estados Unidos e outras nações que tentam evacuar milhares de civis e diplomatas, assim como máximo de afegãos possível.

De acordo com o Ministério da Defesa do Reino Unido, ao menos 4 mil pessoas foram evacuadas do Afeganistão pelas Forças Armadas desde o dia 13 de agosto.

“A crise fora do aeroporto de Cabul é lamentável. Nosso foco é evacuar todos os estrangeiros assim que pudermos”, disse à Reuters o funcionário da organização, que buscou o anonimato. “Nossas forças estão mantendo distância estrita das áreas externas do aeroporto de Cabul para evitar qualquer confronto com o Taleban”, acrescentou.

Cenas de desespero e caóticas estão sendo registradas no aeroporto de Cabul ao longo da semana. Em uma delas, crianças são repassadas de mão em mão por milhares de pessoas até militares.

Em meio aos esforços para sair do país, ao menos 20 pessoas morreram nos últimos sete dias, informou um oficial da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) neste domingo (22).

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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