Sete pessoas foram detidas pela Polícia Militar (PM-GO) após invadirem uma fazenda avaliada em milhões em Alto Paraíso de Goiás, região nordeste do estado. Segundo as informações divulgadas pela Polícia Civil (PC-GO), os suspeitos foram até o sítio com o objetivo de tomar o local a mando de uma empresária.
O delegado que está cuidando do caso, José Antônio Sena, explicou que há duas partes em que estão brigando judicialmente para ver quem é o real proprietário da fazenda. E que também houve então essa tentativa de inversão da posse para que a pessoa já de imediato pudesse desfrutar do local e usufruir do imóvel.
“O interesse é pelo alto valor da propriedade em questão e também pela exploração turística do local”, complementou o delegado.
A invasão aconteceu no último domingo, 20, na região próxima ao Vale da Lua. Segundo o delegado, entre os sete envolvidos estavam um policial da reserva do DF, um Guarda Civil Municipal e um instrutor de tiro da Guarda Civil Municipal de Planaltina de Goiás. Após serem levados para delegacia, apenas um deles ficou preso, por porte ilegal de arma.
Segundo o boletim de ocorrência, os suspeitos foram até o local em veículos particulares, com uso de sirene e giroflex. Ao chegarem no imóvel, abordaram os caseiros, afirmando que eram policiais e estavam no local para cumprir um mandado de reintegração de posse.
Os caseiros então pediram a documentação e entraram em contato com a dona do local, que seria a patroa deles. De imediato, a patroa acionou a PM e os suspeitos saíram da fazenda com “rumo incerto”.
Conforme relatado pelo delegado, os suspeitos detidos relataram em depoimento que foram contratados pela empresária para permanecer nessa posse. De acordo com eles, esse contrato teria sido estipulado em um valor mensal. José Antônio ainda contou que os envolvidos faziam parte de uma empresa de segurança do DF e que estavam apenas prestando um serviço.
“Não tinham nenhum parentesco com a contratante. Simplesmente foi feito um acordo verbal e uma minuta escrita de prestação de serviço”, explicou o delegado. “Ocorre que essa prestação de serviço foi contrária ao nosso ordenamento jurídico”, completou.
A PC ainda investiga o caso para saber se, de fato, houve pagamento e a contratação desses servidores para a inovação e de que forma essa contratação aconteceu. O delegado ainda pontuou que os servidores vão responder pelos respectivos crimes funcionais e demais delitos correlatos as atitudes deles.