Duas associações criminosas foram desarticuladas pela Polícia Civil por venda de medicamento experimentais utilizados em pacientes que fazem tratamento para a Covid-19, com o preço acima do normal. Foram presos sete suspeitos de participarem do esquema que comercializava Tocilzumabe, de nome comercial Actemra, a preços próximos a R$ 48 mil: seis vezes o valor acima do preço do mercado.
As investigações fazem parte da Operação Nisi Facilis, deflagrada entre abril e maio deste ano, que descobriu o esquema que consistia em divisão de tarefas de fornecimento, intermediação mediante o recebimento de comissão entre fornecedores e revendedores finais. Os criminoso faziam a revenda final após a captação de familiares de pacientes em estados graves de Covid-19 em ambientes virtuais formados com o objetivo de adquirirem o medicamento.
Uma caixa de Tocilizumabe, de 200mg, que custa aproximadamente R$ 775,42, era apresentada pelos criminosos com o preço de R$ 18.500. A equipe da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) verificou que uma caixa de Tocilizumabe com quatro seringas, vendida pelo preço de R$ 6.399,00, era oferecida e vendida pelos criminosos a R$ 48 mil a caixa, cada seringa saia por R$ 12 mil, o preço seria seis vezes acima do convencional.
Outros medicamentos
Além de amostras de Tocilizumabe, também foram apreendidas itens da droga Proprovan (Propofol), utilizada para sedação de pacientes em procedimentos cirúrgicos, produtos que fazem parte do kit intubação, muito utilizados em determinados procedimentos contra a Covid-19 em casos graves. Também foram encontradas R$ 11 mil em espécie e receituário de medicamento de uso controlado em branco,
Ambos o medicamento estão em falta no mercado, o que faz com que família os procurem em mercado paralelo.
Os investigados foram indicados por associação criminosas, de 1 a 3 anos de reclusão, e crime contra a saúde pública.