Presos da Casa de Prisão Provisória (CPP), no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia fizeram uma rebelião na manhã desta quarta-feira, 14. De acordo com informações preliminares, diversos detentos estão feridos, dentre eles sete foram baleados. Equipes do Corpo de Bombeiros e especializadas da Polícia Militar (PM) estão a caminho do local. O motim teria começado por volta das 9h30 por presos da mesma Ala.
De acordo com a PM, existe a suspeita de que os presos estão com armas de fogo e facas. Também há relatos de possíveis mortos, no entanto, até ás 10h10, o Diário do Estado não conseguiu confirmar com a 1ª Coordenação Regional Prisional da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária do Estado de Goiás (DGAP), que á a responsável pelo presídio.
Rebelião era esperada
A rebelião ocorrida na manhã desta quarta-feira, 14, já era prevista pelo promotor de Justiça Fernando Krebs e Ministério Público de Goiás (MP-GO). Ao Diário do Estado em agosto, ambos informaram que o sistema se prepara para um possível motim. Inclusive, foi montada uma força-tarefa para evitar uma desestabilização do sistema.
Entre Junho e Agosto deste ano, a CPP registrou quatro homicídios. Na ocasião, afirmou que associações criminosas seriam as responsáveis pelos crimes. Para Krebs, a suspeita é de que foram provocados com o objetivo de promover uma desestabilização no atual sistema prisional goiano.
“Há intenção de segmentos ligados ao crime organizado de gerar instabilidade no sistema e de gerar terror, obter privilégios, mordomias para praticar crimes lá dentro”, disse Krebs na época, que também afirmou que os criminosos estavam planejando uma rebelião, mas que as autoridades competentes não seriam pegas de surpresa.