Sete presos são baleados durante rebelião na CPP de Aparecida de Goiânia nesta quarta-feira, 14

Presos da Casa de Prisão Provisória (CPP), no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia fizeram uma rebelião na manhã desta quarta-feira, 14. De acordo com informações preliminares, diversos detentos estão feridos, dentre eles sete foram baleados. Equipes do Corpo de Bombeiros e especializadas da Polícia Militar (PM) estão a caminho do local. O motim teria começado por volta das 9h30 por presos da mesma Ala.

De acordo com a PM, existe a suspeita de que os presos estão com armas de fogo e facas. Também há relatos de possíveis mortos, no entanto, até ás 10h10, o Diário do Estado não conseguiu confirmar com a 1ª Coordenação Regional Prisional da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária do Estado de Goiás (DGAP), que á a responsável pelo presídio.

Rebelião era esperada

A rebelião ocorrida na manhã desta quarta-feira, 14, já era prevista pelo promotor de Justiça Fernando Krebs e Ministério Público de Goiás (MP-GO). Ao Diário do Estado em agosto, ambos informaram que o sistema se prepara para um possível motim. Inclusive, foi montada uma força-tarefa para evitar uma desestabilização do sistema.

Entre Junho e Agosto deste ano, a CPP registrou quatro homicídios. Na ocasião, afirmou que associações criminosas seriam as responsáveis pelos crimes. Para Krebs, a suspeita é de que foram provocados com o objetivo de promover uma desestabilização no atual sistema prisional goiano.

“Há intenção de segmentos ligados ao crime organizado de gerar instabilidade no sistema e de gerar terror, obter privilégios, mordomias para praticar crimes lá dentro”, disse Krebs na época, que também afirmou que os criminosos estavam planejando uma rebelião, mas que as autoridades competentes não seriam pegas de surpresa.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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