Setembro Amarelo: Doe de Coração incentiva doação de medula óssea
Setembro é o mês dedicado à conscientização sobre a importância da doação de
órgãos e tecidos. A campanha é conhecida como Setembro Amarelo. Neste ano, a
campanha Doe de Coração, que desde 2003 defende a causa, chega à sua 23ª edição
com o incentivo à doação de medula óssea.
O lançamento oficial da campanha ocorre nesta terça-feira (2), na Universidade
de Fortaleza (Unifor). Segundo a coordenadora Daniela Monteiro, a iniciativa mantém
o foco na doação de órgãos e tecidos, mas busca ampliar os números relacionados
ao cadastro de medula óssea.
> “Durante uma ação em abril, conseguimos captar 359 bolsas de sangue em três
> dias, mas apenas 35 cadastros para doação de medula. Isso nos deu um sinal de
> alerta de que precisamos aumentar esses números, muitas vezes prejudicados
> pela falta de informação”, explica Daniela.
Para se cadastrar como doador de medula óssea, o processo é simples: basta doar
5 ml de sangue, que é analisado e incluído no Registro Nacional de Doadores
Voluntários de Medula Óssea (Redome). Caso seja encontrada compatibilidade com
um paciente, o doador é chamado para novos exames e o transplante é feito por
aférese, sem procedimento invasivo.
De acordo com dados apresentados na abertura da campanha, somente em 2023, o
Ceará registrou 1.279 transplantes, sendo 98 de medula óssea. “Cada número
representa uma vida salva, mas também significa o impacto em toda uma família:
pais, filhos, esposos e esposas que veem a esperança renascer”, ressalta
Daniela.
No caso da doação de órgãos e tecidos, é fundamental que a pessoa manifeste sua
vontade à família. Em situações de falecimento, são os parentes que decidem
autorizar ou não a doação.