Setor de serviços em Goiás cresce 7,5% em setembro

O setor de serviços em Goiás cresceu 7,5% no mês de setembro na variação acumulada no ano, superando a média brasileira que foi de 3,4% no mesmo período. O volume foi puxado pelas atividades de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (11,2%), seguido pelos serviços de informação e comunicação (11,2%).

Os dados foram divulgados na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e confirmados pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB).

SETOR DE SERVIÇOS

No acumulado em 12 meses, o estado também obteve aumento de 7,1%, enquanto o crescimento no país foi de 4,4%. No indicador interanual, na comparação de setembro deste ano com setembro de 2022, o aumento foi de 3,9%, enquanto o Brasil apresentou resultado negativo (-1,2%).

“O setor de serviços em Goiás vem apresentando grandes avanços que estão sendo evidenciados nas pesquisas mensais do IBGE. A atual gestão segue empreendendo esforços para a manutenção e fomento do setor”, destaca o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.

O diretor-executivo do IMB, Erik Figueiredo, ressalta a importância do setor para a economia goiana. “Em específico, os serviços que correspondem a 62% do PIB goiano, cresceram 7,5% no ano de 2023. Com isso, seguimos a tendência de registrar um crescimento do PIB próximo a 6% no final desde ano. As projeções são muito positivas”, afirma Figueiredo.

SOBRE A PMS

A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do setor de serviços no país, investigando a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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