Setor de Serviços em Goiás cresce 8,9% em fevereiro de 2023

Caldas Novas é um dos destinos turísticos em Goiás: setor teve crescimento de 22,3% em fevereiro de 2023 (Foto: Secom)

O setor de serviços goianos apresentou alta de 8,9% em fevereiro deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a variação é de 8,2% no Estado. Na comparação com o mês imediatamente anterior, Goiás cresceu 2,2%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira,27.

A alta no volume de serviços foi puxada por quatro das cinco atividades pesquisadas: serviços prestados às famílias (24,9%); transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (15,7%); serviços de informação e comunicação (15,1%) e outros serviços (13,5%). Estas atividades apresentam crescimentos acumulados no ano, respectivamente, de 17%, 14,6%, 13,5% e 12,5%.

A única atividade com queda foi a de serviços profissionais, administrativos e complementares (12,3%), que acumula recuo de 5,9% no ano e de 3,7% em 12 meses. “Os dados são positivos, haja vista que crescemos tanto no mês pesquisado, quanto na variação acumulada no ano e dos últimos 12 meses. Um reflexo das mais de 87 mil novas vagas de emprego criadas no ano passado e da abertura de pequenos e médios negócios”, explica o titular da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel de Sant’Anna Braga.

Turismo cresce

O Turismo em Goiás teve alta de 22,3% no mês de fevereiro deste ano, quando comparado ao mesmo mês do ano passado. Essa foi a terceira alta consecutiva e a quarta maior registrada entre todos os estados, que teve elevação de 14,8% no mesmo período.

Levando em consideração os dados de janeiro e fevereiro, o crescimento do turismo em Goiás chega a 15,5%, número superior à média do país (13,8%). O índice é impulsionado, sobretudo, pelos aumentos de receita obtidos por empresas de locação de automóveis, restaurantes, hotéis, agências de viagens, transporte rodoviário coletivo de passageiros e serviços de bufê. Na comparação entre fevereiro e o mês anterior, a alta foi de 1,3%. Já na variação acumulada dos últimos doze meses, o Estado teve expansão de 17,2%.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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