Setor industrial goiano avança 8,1% em 12 meses

O setor industrial goiano avançou 8.1% na variação acumulada em 12 meses, até julho de 2024, segundo o boletim mensal sobre o Produto Interno Bruto (PIB) goiano divulgado pelo Instituto Mauro Borges (IMB). Este bom desempenho, juntamente com o setor de serviços, que cresceu 2.7% no período, impactou positivamente o resultado do PIB goiano, que cresceu 1.3% na mesma variação.
 
Todas as atividades industriais apresentaram resultados positivos, com destaque para os serviços industriais de utilidade pública (17.2%), indústria de transformação (7.7%) e indústria de construção (3.5%). No setor de serviços, o bom desempenho foi puxado pelas atividades de serviços de informação e comunicação (8.9%), comércio (8.6%) e serviços prestados às famílias (3%).
 
Já a agropecuária apresentou resultado de -5.3% em função da estiagem e das queimadas que atingiram o estado. Na variação acumulada no ano, de janeiro até o mês de julho, o PIB goiano se manteve estável (0.9%), com crescimento para o setor industrial (8%) e de serviços (4.3%), enquanto a agropecuária apresentou resultado negativo (-3.9%).
 
“Embora o desempenho da agropecuária tenha impactado os números gerais, os resultados positivos dos setores da indústria e serviços mostram a tendência de recuperação da economia goiana diante de adversidades, como, por exemplo, o caso das queimadas que atingiram o estado”, destacou o secretário-Geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.
 
O secretário estadual de Indústria, Comércio e Serviços, Joel Sant’Anna, comemora os resultados históricos da indústria goiana e destaca a força da economia de Goiás. “A gestão do governo estadual proporciona segurança para que os empresários invistam cada vez mais no estado. Grandes multinacionais de todo o mundo têm buscado Goiás, e o avanço da indústria nos últimos doze meses demonstra que temos trabalhado muito para isso”, afirma.
 
O boletim publicado pelo Instituto Mauro Borges (IMB) analisa o PIB goiano e os setores de agropecuária, indústria e serviços mensalmente. A publicação oferece dados atualizados sobre o desempenho econômico do estado e também inclui análises comparativas com períodos anteriores, identificando fatores que influenciam as variações nos diferentes segmentos.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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