Homem atingido por disparo de policial militar em show do grupo Menos é Mais em
Foz do Iguaçu está na UTI, diz hospital
Homem foi atingido no braço e na lateral do corpo e estado de saúde é
considerado estável, segundo hospital. Para a PM, policial afirmou ter sido
vítima de injúria racial e ameaça de morte.
Policial militar atira em homens após ser agredido em show em Foz do Iguaçu
Um homem atingido por disparos de um policial militar durante um show do Grupo
Menos é Mais em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, está internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Municipal da cidade, de acordo com a assessoria da unidade hospitalar.
O caso foi registrado na noite de sábado (30) em um evento particular dentro do
parque aquático de um hotel. Cerca de duas mil pessoas estavam no local quando começou a briga generalizada que deixou também outro homem ferido pelos disparos. Assista ao vídeo acima.
Segundo o Boletim de Ocorrência (B.O.) da Policia Militar (PM), o policial
afirmou aos PMs que efetuou quatro disparos após ter sido vítima de injúrias
raciais como “macaco” e “preto maldito”, e ameaçado de morte por um homem e por
seus familiares, que reconheceram o policial durante o show.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram centenas de pessoas que
acompanhavam o show e, mais à frente, homens agredindo o policial, que está com
camiseta preta. Em determinado momento, ele é derrubado por um dos agressores. Na sequência, é possível ouvir disparos e as pessoas se afastando do local.
O homem internado, segundo a polícia, é um dos homens que aparece nas imagens
agredindo o policial. O estado de saúde dele é estável, segundo o hospital.
Outro homem que não estava envolvido na confusão, mas foi atingido, recebeu
atendimento médico e já teve alta hospitalar.
O caso é investigado pela Polícia Civil como disparo de armas de fogo e não como
tentativa de homicídio.
A defesa do policial diz que ele agiu em legítima defesa em momento de lazer com
a esposa. Ele teve diversos ferimentos, entre eles um derrame no olho esquerdo
devido às agressões sofridas.
Em nota a Secretaria de Segurança Pública (SESP-PR) informou que o policial
militar – de nome não divulgado – “foi violentamente atacado” e efetuou os
disparos com o objetivo de repelir a agressão e proteger a própria vida.
A nota diz ainda que a Polícia Civil instaurou inquérito policial para apurar as
circunstâncias dos fatos e que a Corregedoria da Polícia Militar também atua no
caso. O policial está afastado das funções até a conclusão das investigações.
O DE tenta identificar a defesa dos demais envolvidos na confusão.
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O QUE BOLETIM DA PM
Show de pagode termina em tiroteio e duas pessoas feridas, em Foz do Iguaçu
Chegando ao local, a PM afirma que pessoas presentes no evento relataram que a
briga iniciou com discussão entre um homem e o policial militar. Após alguns
instantes, o PM foi agredido por vários “comparsas” do homem que o lançaram no
chão dando diversos chutes e socos, até que, em determinado momento, o PM
conseguiu sacar a arma e disparou quatro vezes.
Com a chegada da equipe policial ao local, o PM entregou de imediato a arma aos
policiais e foi retirado do local “pois continuava sendo hostilizado por amigos
e parentes dos supostos agressores”, descreve outro trecho do boletim sobre a
ocorrência.
“O policial militar foi encaminhado para o 14º Batalhão de Policia Militar, onde
foi lavrado o termo de apresentação espontânea, auto de exibição e apreensão de
arma de fogo e demais documentos pertinentes”, finaliza o Boletim de Ocorrência.
O policial passou por teste do bafômetro que deu negativo, segundo boletim da
PM.
O QUE DIZ A ORGANIZAÇÃO DO EVENTO
O show era realizado em um parque aquático do Grupo Mabu que afirmou que o
evento foi organizado por uma empresa terceirizada, “que cumpriu integralmente
todas as exigências legais para a sua realização”.
Em nota, o grupo lamentou o ocorrido e afirmou que “todas as providências
necessárias foram e estão sendo tomadas” e que conforme legislação vigente,
“agentes de segurança possuem autorização legal para portar armas em eventos
desta natureza”.
O QUE DIZ O GRUPO MENOS É MAIS
O Grupo Menos é Mais, por meio da assessoria jurídica, representada pelo
advogado José Estevam Macedo Lima, afirmou que foi necessária a interrupção do
show, cerca de 40 minutos após o início devido, ao fato isolado “visando a
preservação da ordem e à segurança do grupo, dos presentes e de todos os
envolvidos”.
O grupo disse ainda que lamenta profundamente o ocorrido e reforça o compromisso
com o público, expressando o desejo de retornar a Foz do Iguaçu em uma nova
oportunidade para se apresentar.
VÍDEOS: MAIS ASSISTIDOS DE
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