Shows Sertanejos em Minas Gerais: Prefeituras Pagam Milhões para Eduardo Costa, Leonardo, Fernando e Sorocaba

Eduardo Costa, Leonardo, Fernando e Sorocaba: sertanejos são os artistas que mais recebem dinheiro de prefeituras em MG

Levantamento do Tribunal de Contas do Estado considera as quantias repassadas pelas cidades entre 1º de janeiro de 2020 e 7 de novembro de 2024.

Os cantores sertanejos são os artistas que mais recebem dinheiro de prefeituras de Minas Gerais para a realização de shows, segundo dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG). Eduardo Costa, Leonardo e a dupla Fernando e Sorocaba lideram a lista dos maiores valores pagos pelos municípios para apresentações nos últimos cinco anos.

🔎 É importante lembrar que as contratações não são ilegais, desde que sejam seguidas regras e haja a aplicação adequada dos recursos públicos. “A intenção do TCE com esse painel é aumentar a transparência e fomentar o controle social”, destacou a instituição.

O levantamento considera as quantias repassadas pelas cidades e submetidas ao Suricato, uma plataforma de fiscalização e controle do órgão, entre 1º de janeiro de 2020 e 7 de novembro de 2024. Veja ‘top 10’ abaixo:

1. Eduardo Costa: R$ 19.142.701,00 — 65 municípios
2. Leonardo: R$ 16.473.947,00 — 39 municípios
3. Fernando e Sorocaba: R$ 16.034.240,00 — 65 municípios
4. César Menotti e Fabiano: R$ 15.376.432,00 — 63 municípios
5. Barões da Pisadinha: R$ 14.622.340,00 — 48 municípios
6. Gino e Geno: R$ 14.360.950,00 — 84 municípios
7. Amado Batista: R$ 13.434.900,00 — 58 municípios
8. Diego e Victor Hugo: R$ 12.609.850,00 — 61 municípios
9. Clayton e Romário: R$ 11.774.650,00 — 67 municípios
10. Felipe Araújo: R$ 11.453.412,00 — 58 municípios

Dos dez grupos com maior remuneração, apenas os Barões da Pisadinha — que tocam piseiro — se enquadram em um gênero musical diferente do sertanejo.

MUNICÍPIOS

O balanço também mostra quais cidades mais gastaram com shows artísticos no período. Itabirito, na Região Central de Minas, Ituiutaba, no Diário do Estado, e Barbacena, na Zona da Mata, lideram o ranking. Veja ‘top 10’ abaixo:

1. Itabirito: R$ 11.332.999,99
2. Ituiutaba: R$ 10.831.000,00
3. Barbacena: R$ 9.782.500,00
4. Nova Lima: R$ 9.716.820,00
5. Itabira: R$ 7.576.449,50
6. Pirapora: R$ 6.765.096,62
7. Extrema: R$ 6.552.562,70
8. Buritizeiro: R$ 6.269.000,00
9. Itatiaiuçu: R$ 6.221.000,00
10. Ouro Preto: R$ 5.798.609,00

De acordo com os dados, as prefeituras mineiras destinaram quase R$ 940 milhões para a contratação de artistas ao longo dos últimos cinco anos. Neste período, foram quase 7 mil apresentações.

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“Operação Trem da Alegria: Novas denúncias por corrupção e organização criminosa em Guapé”

O Diário do Estado divulgou nesta terça-feira (10) a 7ª fase da Operação “Trem da Alegria”, que resultou em mais 11 mandados de busca e apreensão. O Ministério Público ofereceu uma nova denúncia contra o prefeito afastado de Guapé, Nelson Lara, e um empresário. A denúncia fala sobre a prática dos crimes de corrupção ativa e passiva e organização criminosa.

Conforme descrito na denúncia, o prefeito afastado teria recebido vantagem indevida, sendo 10 terrenos urbanos em um loteamento no município de Guapé, totalizando aproximadamente R$ 500 mil em propina. O empresário denunciado estaria envolvido na organização criminosa, prestando serviços ligados a fraudes em licitação e crimes de corrupção.

Além dos mandados cumpridos em Guapé, a Operação também realizou buscas em outros municípios, como Belo Horizonte, Contagem, Pimenta e Santo Antônio do Monte, para dar continuidade às investigações do núcleo empresarial. A denúncia foi apresentada pela Procuradoria de Justiça Especializada em Ações de Competência Originária Criminal (PCO), do GAECO, núcleo Varginha, e da Coordenadoria Regional de Defesa do Patrimônio Público.

As prisões foram uma medida para garantir a ordem pública e a conveniência da investigação, pois os denunciados planejavam ocultar documentos e até mesmo atentar contra a vida de pessoas envolvidas nas apurações. A defesa dos envolvidos aguardava acesso aos autos para se manifestar e acompanhar os desdobramentos do caso.

O Diário do Estado destaca que a ação do MP visa combater um esquema de corrupção na cidade de Guapé. A Operação “Trem da Alegria” tem revelado uma série de irregularidades envolvendo agentes políticos e empresários, evidenciando um grande esquema de corrupção instalado no município. A investigação aponta para crimes de corrupção passiva, peculato, lavagem de dinheiro e entrega de veículo a pessoa não habilitada.

Ainda de acordo com as informações do Diário do Estado, a organização criminosa atuava ocultando a origem e a propriedade de bens por meio de lavagem de dinheiro. O MP ressalta que os denunciados são investigados por fraudes e desvios na execução de contratos administrativos e licitações. A justiça tem decretado novas prisões e afastamentos para dar prosseguimento às investigações e garantir a lisura do processo.

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