O marqueteiro de Lula, Sidônio Palmeira, está sendo sondado por aliados para integrar o governo em um cargo na Secom, após ter recusado um convite anterior em 2022. Resistente a assumir a Secretaria de Comunicação Social no início do governo, Sidônio agora vê o cenário de forma diferente em relação à transição do governo, de acordo com esses aliados.
As pessoas próximas ao marqueteiro afirmam que ele tem manifestado preocupação com o desempenho da gestão de Lula na área de comunicação, principalmente visando as eleições de 2026, quando o petista deve buscar a reeleição. Sidônio, que reside na Bahia, faz viagens frequentes a Brasília a cada 15 dias, onde se reúne com Lula e ministros do governo, desempenhando um papel informal de “conselheiro”.
O marqueteiro foi responsável pelo marketing da campanha eleitoral de Lula em 2022 e contribuiu com a criação do slogan da primeira fase do governo Lula: “União e Reconstrução”. Além disso, Sidônio opina em campanhas governamentais e na imagem pessoal do presidente, conforme relatos.
Nos bastidores, há cenários em análise para Sidônio, incluindo a possibilidade de ele assumir o comando da Secom ou tornar-se assessor especial da pasta, sem as atribuições burocráticas. Há ainda a sugestão de que o atual secretário de Comunicação Institucional, Laércio Portela, assuma a chefia do ministério, com a possibilidade de Paulo Pimenta, atual titular da Secom, mudar de função.
Paulo Pimenta minimizou as notícias sobre a colaboração de Lula com Sidônio, elogiando o marqueteiro e ressaltando sua qualificação. O ministro afirmou que a ajuda de Sidônio tem sido bem recebida no governo e que sua colaboração é vista como positiva para o projeto em andamento. A possibilidade de Sidônio integrar o governo como assessor ou na Secom está sendo discutida entre os aliados do presidente.