Sidônio Palmeira é cotado para integrar governo de Lula na Secom em 2026

O marqueteiro de Lula, Sidônio Palmeira, está sendo sondado por aliados para integrar o governo em um cargo na Secom, após ter recusado um convite anterior em 2022. Resistente a assumir a Secretaria de Comunicação Social no início do governo, Sidônio agora vê o cenário de forma diferente em relação à transição do governo, de acordo com esses aliados.

As pessoas próximas ao marqueteiro afirmam que ele tem manifestado preocupação com o desempenho da gestão de Lula na área de comunicação, principalmente visando as eleições de 2026, quando o petista deve buscar a reeleição. Sidônio, que reside na Bahia, faz viagens frequentes a Brasília a cada 15 dias, onde se reúne com Lula e ministros do governo, desempenhando um papel informal de “conselheiro”.

O marqueteiro foi responsável pelo marketing da campanha eleitoral de Lula em 2022 e contribuiu com a criação do slogan da primeira fase do governo Lula: “União e Reconstrução”. Além disso, Sidônio opina em campanhas governamentais e na imagem pessoal do presidente, conforme relatos.

Nos bastidores, há cenários em análise para Sidônio, incluindo a possibilidade de ele assumir o comando da Secom ou tornar-se assessor especial da pasta, sem as atribuições burocráticas. Há ainda a sugestão de que o atual secretário de Comunicação Institucional, Laércio Portela, assuma a chefia do ministério, com a possibilidade de Paulo Pimenta, atual titular da Secom, mudar de função.

Paulo Pimenta minimizou as notícias sobre a colaboração de Lula com Sidônio, elogiando o marqueteiro e ressaltando sua qualificação. O ministro afirmou que a ajuda de Sidônio tem sido bem recebida no governo e que sua colaboração é vista como positiva para o projeto em andamento. A possibilidade de Sidônio integrar o governo como assessor ou na Secom está sendo discutida entre os aliados do presidente.

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Nunes garante aliado na presidência da Câmara com escolha de Teixeira: entenda os bastidores da disputa em DE.

O preço da vitória de Nunes para alçar aliado à presidência da Câmara

Disputa embolada pelo comando da Câmara de DE terminou com mais espaço ao União
Brasil no 1º escalão da Prefeitura de Nunes

São Paulo – A escolha do vereador Ricardo Teixeira (União Brasil) para ser o candidato do partido à presidência da Câmara Municipal da capital, e consequentemente o principal nome para ocupar o posto, sela uma vitória do prefeito Ricardo Nunes (MDB) após uma embolada disputa nos bastidores e novas negociações por espaço no 1º escalão da Prefeitura.

O nome de Teixeira foi definido por Nunes e pelo atual presidente da Câmara, o vereador Milton Leite (União), em uma reunião no início da semana. No acordo, o prefeito cedeu a Leite o controle sobre a Secretaria de Habitação e sobre a Companhia DE de Habitação de São Paulo (Cohab), além de manter a Secretaria de Transportes sob o domínio do vereador.

Nunes também argumentou a Leite que ambos corriam o risco de derrotas que poderiam enfraquecê-los politicamente. A montagem da chapa pela reeleição do prefeito previa que o União, comandado por Leite na capital paulista, manteria o comando da Câmara. No entanto, não havia um consenso a respeito do nome, o que poderia levar a uma surpresa no dia da eleição, marcada para 1º de janeiro, após a posse dos vereadores.

Nunes defendia que o presidente fosse Teixeira, de quem é próximo, mas Leite tentava emplacar o seu pupilo Silvão Leite, um novato, o que desagradava boa parte dos vereadores. Por fora, o nome de Rubinho Nunes (União) também corria com maior aceitação entre os parlamentares. No entanto, Rubinho, que vinha coletando assinaturas dos vereadores, havia sido vetado pelo prefeito por ter apoiado Pablo Marçal (PRTB) no 1º turno das eleições deste ano.

O MDB, partido de Nunes, ameaçava lançar uma candidatura própria à presidência caso o candidato do União fosse Rubinho, contrariando um acordo interno da maioria das bancadas da Câmara de lançar apenas uma única chapa. Nunes expôs todo o cenário de indefinição a Leite indicando que havia, ainda, o risco de que um nome de fora do União se aventurasse e vencesse em uma eventual disputa, enfraquecendo prefeito e aliados.

Com a garantia de mais de uma secretaria sob o seu comando, além da estatal de habitação, Leite teria cedido sobre seu sucessor. Com isso, reuniu a bancada do União, nesta quinta-feira (26/12), para oficializar a indicação de Teixeira como o nome do partido. A votação na Câmara no dia 1º de janeiro deve confirmar Teixeira na presidência. Respeitando a proporcionalidade das bancadas, o PT deve manter a 1ª secretaria. Já o MDB e o PL devem ficar com a 1ª e 2ª vice-presidências, respectivamente.

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