Sikeira Jr. perde 37 patrocinadores após fala homofóbica

O apresentador Sikêra Jr. está enfrentando uma grande perda de patrocinadores após chamar homossexuais de “raça desgraçada” às vésperas do Dia do Orgulho LGBTQIA+. Segundo o perfil Sleeping Giants Brasil, que encabeça a campanha #DesmonetizaSikêra nas redes sociais, 37 marcas já deixaram de anunciar no “Alerta Nacional”. Marcas como Casas Bahia, TIM, MRV, Renault, Mercedes Benz, a plataforma de vídeos Kwai e o banco Caixa estão entre as empresas que se desvincularam do apresentador.

Para o especialista em conteúdo estratégico, Pedro Valério, a perda de anunciantes vem da a cobrança por posicionamento nas redes sociais. O especialista afirma “A perda desses anunciantes está diretamente relacionada à pressão popular feita nas redes sociais após esse caso do preconceito”,  que ainda reforça a relevância das redes sociais no combate ao preconceito.

“Com as redes sociais, uma grande diferença é que, agora, a gente tem um veículo de mídia na palma da nossa mão, o que não existia antes. Com esse poder, a gente consegue falar sobre preconceito, fazer conteúdos virais e dedicar um mês todo de conteúdos educacionais sobre a própria comunidade LGBTQIA+. Então, você consegue ter uma diversidade de ideias e uma conversa mais abrangente. O alcance das redes dá voz a quem não tinha antes”, diz Pedro Valério

Apesar de Sikeira Jr, ter se desculpado ao vivo ele diz que seu posicionamento continua o mesmo e reconhece que se excedeu, ” Errei, erro e vou errar, quantas vezes já repeti isso aqui? Sou humano… Você que se sentiu ofendido: lhe peço perdão. Extrapolei como nunca, revoltado com o que vi naquele comercial, e continuo contra, minha opinião continua a mesma. Mas você que se sentiu ofendido, o que eu posso dizer é que me perdoe” disse o apresentador em rede nacional.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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