Silenciosa, incapacitante e muitas vezes fatal, a osteoporose atinge cerca de 18 milhões de brasileiros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mundo, o número é assustador: cerca de 200 milhões de pessoas têm a doença que provoca perda de massa óssea. Segundo a Fundação Internacional de Osteoporose (IOF, da sigla em inglês), uma em cada três mulheres com mais de 50 anos vão sofrer fraturas osteoporóticas, assim como um em cada cinco homens nesta idade.
Nesta quinta-feira, 20, por conta da gravidade da doença, é comemorado o Dia Mundial e Nacional da Osteoporose, voltado para a conscientização sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da enfermidade, que não provoca dor, nem sintomas. Os ossos ‘apenas’ se tornam porosos, frágeis, e podem fraturar com facilidade.
Para o ortopedista Murilo Daher, é de extrema importância o diagnóstico precoce da doença, que afeta principalmente as mulheres que estão encaminhando para a terceira idade. No entanto, mesmo que seja raro, pessoas jovens também podem vir a sofrer com a condição, podendo ser desencadeada por outro tipo de doença.
“É relacionado aos fatores hormonais. Geralmente acontece depois da menopausa, quando há uma queda na produção dos hormônios femininos, principalmente o estrógeno. É importante o diagnóstico nos exames de rotina, pois muitas vezes ela só apresenta sintomas quando se tem uma consequência da osteoporose, que seria a fratura por insuficiência”, explica.
Como prevenir a osteoporose?
Murilo ressalta que é importante fortalecer os ossos durante a sua formação. Esse fortalecimento pode e deve ser realizado com o aporte de nutrientes, principalmente de cálcio, como o consumo de leite e derivados. A oferta adequada desses nutrientes permitirá uma boa formação do osso e diminuirá o aparecimento da osteoporose nas fases mais avançadas da vida do paciente.
“A massa óssea é formada durante o desenvolvimento da pessoa, principalmente durante as duas primeiras décadas de vida. Os derivados do leite são fontes ricas em cálcio, no entanto, algumas vezes necessitamos suplementá-lo também através de medicamentos”, diz o médico em relação às pessoas que não consomem o alimento.
Tratamento
O tratamento da osteoporose se dá por meio de remédios e mudanças de hábitos. Baseia-se, conforme Murilo, na suplementação de cálcio, vitamina D e alguns remédios que diminuem a reabsorção do cálcio nos ossos. Contudo, é muito importante o tratamento com as mudanças de hábitos de vida, principalmente o ganho de massa muscular, pois a massa óssea é diretamente proporcional à muscular.
“A osteoporose é uma doença tratável e quando feita de maneira adequada, permite evitar o desfecho desfavorável, que seria a fratura. No idoso, a fratura por osteoporose, principalmente de coluna e quadril, pode levar a consequências graves, diminuindo a qualidade de vida e aumentando, inclusive, a mortalidade desses pacientes”, concluiu.