Silvinei Vasques, preso por interferência nas eleições, é nomeado secretário em SC

Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF preso por interferência nas eleições de 2022, vira secretário em SC

Solto em agosto de 2024, ex-diretor foi nomeado para a pasta de Desenvolvimento Econômico e Inovação de São José, na Grande Florianópolis.

Silvinei Vasques foi nomeado pelo prefeito Orvino Coelho de Ávila (PSD) — Foto: Prefeitura de São José/Divulgação

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques foi nomeado secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação de São José, quarta cidade mais populosa de Santa Catarina, que faz limite com Florianópolis. A nomeação foi divulgada no Diário Oficial da cidade na segunda-feira (6).

Procurado nesta terça-feira (7), o município confirmou que ele tomou posse na segunda sem solenidade e já atua no cargo. Preso em 2023 suspeito de interferir no segundo turno das eleições, ele foi nomeado pelo prefeito Orvino Coelho de Ávila (PSD), reeleito em outubro de 2024 para o cargo.

O ex-diretor foi solto em agosto do ano passado sob a medida cautelar de uso de tornozeleira eletrônica. Nas eleições municipais, o ex-diretor anunciou apoio a Orvino, que afirmou à época que o nomearia como secretário no possível novo governo.

Antes de ser detido em 2023, Vasques chegou a ser cotado como possível candidato pelo PL no município catarinense de 270 mil habitantes. A legenda, no entanto, escolheu Adeliana Dal Pont para a corrida nas eleições.

Natural de Ivaiporã (PR), Silvinei ingressou na PRF em 1995 e fez parte da corporação por 27 anos. Em dezembro de 2022, recebeu aposentadoria voluntária integral – ou seja, sem perda de salário.

VOTO EM BOLSONARO E BLITZE NO SEGUNDO TURNO

Na véspera do segundo turno, Silvinei Vasques fez um post em redes sociais pedindo votos para a reeleição de Jair Bolsonaro. A postagem foi apagada depois, mas Vasques se tornou réu por improbidade administrativa no episódio.

Em depoimento à CPI dos Atos Golpistas, Vasques negou que tenha havido qualquer omissão ou irregularidade na atuação da PRF.

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Polícia traça perfil de manipuladora suspeita de envenenar bolo com arsênio no RS

Manipuladora, fria, dissimulada: polícia traça perfil de suspeita de envenenar bolo com arsênio no RS

A investigação revela “fortes indícios” de “prática de homicídios e tentativas de homicídios em série”. Na sexta-feira, as autoridades confirmaram que uma quarta pessoa ingeriu arsênio antes de morrer. Deise Moura dos Anjos está temporariamente presa.

A Polícia Civil do RS descobre mais um caso de envenenamento na família que comeu um bolo de natal envenenado

A Polícia Civil descreve a suspeita de colocar arsênio na farinha de um bolo de frutas cristalizadas e provocar as mortes de três mulheres em Torres, no Litoral Norte do RS, como uma pessoa “extremamente manipuladora”, de “postura fria” e “dissimulada”. Deise Moura dos Anjos está detida temporariamente.

“Ela é uma pessoa extremamente manipuladora. Ela é uma pessoa extremamente calma, extremamente firme nas suas afirmações, extremamente convincente”, diz a delegada regional do Litoral Norte, Sabrina Deffente.

A investigação afirma que vê “fortes indícios” de que Deise “tenha praticado homicídios e tentativas de homicídios em série”. Na sexta-feira, as autoridades confirmaram que uma quarta pessoa, o sogro de Deise Moura dos Anjos, também ingeriu arsênio antes de morrer.

“Uma postura fria, uma postura com uma resposta sempre na ponta da língua, muito tranquila”, acrescenta o delegado Marcos Vinícius Veloso, que conduz o inquérito policial sobre o caso.

O sogro de Deise passou mal no dia 2 de setembro de 2024. Conforme as provas levantadas, ele teve o mal-estar depois de tomar café com leite em pó levado por Deise e faleceu no dia seguinte. O corpo dele foi exumado, e a polícia confirmou que a causa da morte foi envenenamento.

“Ela é tão dissimulada que, mesmo não tendo durante muito tempo uma relação boa com a família do seu esposo, logo após adquirir esse arsênio, ela passou a ter conversas com a sogra, dizendo que estava com saudade, que queria ver ela, que precisava ver ela”, relata a delegada Sabrina.

A defesa de Deise Moura dos Anjos alega em nota que “as declarações divulgadas ainda não foram judicializadas no procedimento sobre o caso” e que “aguarda a integralidade dos documentos e provas para análise e manifestação”.

A polícia informou ainda que Deise comprou arsênio quatro vezes no período de quatro meses, sendo que uma dessas compras foi anterior à morte do sogro, e as outras três antes da morte das três mulheres em dezembro. O produto teria sido adquirido pela internet e recebido pelos Correios.

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