O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) emitiu um comunicado à agência Lusa revelando a sua indignação com a postura da SATA Holding em relação à privatização da Azores Airlines. Segundo o SPAC, a SATA Holding está impedindo o acesso a informações fundamentais para o futuro da companhia aérea, utilizando cláusulas de confidencialidade que tornam o processo opaco e hostil à participação dos trabalhadores.
Para o vice-presidente do SPAC, Frederico Saraiva de Almeida, é inaceitável que a empresa pública se escude na confidencialidade para negar aos representantes dos trabalhadores o acesso ao projeto estratégico dos potenciais compradores. Essa atitude mina a credibilidade do processo e gera desconfiança, prejudicando a empresa, os colaboradores e a Região Autónoma dos Açores.
O sindicato apela ao Governo Regional dos Açores, acionista da SATA Holding, para que assuma um papel ativo na supervisão do processo, exigindo transparência. Os pilotos estão dispostos a contribuir de forma construtiva, desde que tenham acesso claro aos dados necessários para um verdadeiro diálogo.
O prazo para a apresentação da proposta vinculativa pelo consórcio Newtour/MS Aviation foi estendido até 10 de novembro, visando oportunidades de diálogo e transparência. O júri do concurso de privatização também estabeleceu uma data limite para a submissão de documentação burocrática, tornando o processo mais objetivo.
A privatização da Azores Airlines está sendo negociada com o consórcio Newtour/MS Aviation, após a aprovação de uma ajuda estatal pela Comissão Europeia. A reestruturação da companhia aérea envolve medidas como a reorganização da estrutura e o desinvestimento de uma participação de controle.




