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Sindicato dos caminhoneiros de Goiás nega participação nas manifestações e culpa agro: “Temos que aceitar a democracia!”

Última atualização 31/10/2022 | 11:02

Insatisfeitos com a vitória de Lula (PT), apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) bloquearam diversas rodovias federais. A manifestação começou na noite deste domingo, 30, e segue ganhando forças na manhã desta segunda-feira, 31. Apesar do movimento estar ganhando força com o nome dos caminhoneiros, o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Goiás (Sinditac-Go) garante que a categoria não participa ou apoia tal ato.

Além disso, o presidente do Sinditac explica que a manifestação é liderada por trabalhadores do agronegócio e afirma que eles estão “usando os caminhões deles e falando que são os caminhoneiros”.
Vantuir também diz que a categoria está otimista com a vitória de Lula.

“Nós estávamos excluídos do orçamento do país. Tudo que o trabalhador precisava não tinha condições de fazer porque o ganho dele não aumentava, não acompanhava a inflação. O país que tem petróleo suficiente, trabalho suficiente e o trabalhador está passando dificuldade, tem alguma coisa errada”, ressalta.

O representante da categoria também afirma que os caminhoneiros autônomos não vão participar do movimento. De acordo com ele, os trabalhadores estão preocupados com os preços abusivos do diesel e dos pneus. Além disso, eles respeitam a democracia.

“Temos que aceitar a democracia! Nós perdemos a eleição para o Bolsonaro e aceitamos sem problema nenhum…. Em relação a manifestação, é bobeira o caminhoneiro fazer. É a democracia do país. Ela deve ser aceita!”, concluiu.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal de Goiás (PRF-GO), até às 9h40 desta segunda, ao menos cinco trechos no estado haviam sido bloqueados. São estes na BR-060 no km 101, em Anápolis, na BR-153, no km 703, em Itumbiara, na BR-040, nos km 94 e km 19, próximo de Luziânia, na BR-040 no KM 94, em Cristalina e na BR-364 em Jataí.

A princípio, as manifestações ocorrem de forma pacífica. Equipes da Triunfo Concebra e da PRF estão nos locais. Os policiais tentam negociar com os bolsonaristas a liberação da via.

Protestos também acontece em Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Bahia.