“Single ‘Deus da Dança’ em Homenagem a Paulinho Sete Flechas” – Companhia de Sorocaba celebra legado do mestre pernambucano

A Companhia de Sorocaba “Tempo de Brincar” lançou um single em homenagem a Paulinho Sete Flechas, renomado mestre pernambucano, que é uma das maiores referências da cultura popular nordestina. A composição celebra a trajetória e o legado deste mestre, trazendo à tona a importância de sua contribuição para a riqueza cultural do país.

O evento de lançamento do single aconteceu no último sábado (21), em Sorocaba (SP), onde a Companhia “Tempo de Brincar” compartilhou a música intitulada “Deus da Dança”, a qual foi produzida após uma conversa com Paulinho Sete Flechas. Durante esse encontro, o mestre compartilhou sua história e resgatou a memória de seu pai, Mestre Zé Alfaiate, inspirando a criação da composição.

O single em homenagem a Paulinho Sete Flechas estará disponível nas principais plataformas de streaming de música, proporcionando ao público a oportunidade de apreciar e celebrar a obra deste grande mestre. Além disso, o clipe da música também estará disponível no canal oficial da Companhia “Tempo de Brincar” no YouTube, permitindo que mais pessoas tenham acesso a essa homenagem emocionante.

A iniciativa da Companhia de Sorocaba em homenagear Paulinho Sete Flechas destaca a importância de reconhecer e preservar a cultura popular nordestina, valorizando a herança e o conhecimento transmitidos por figuras como o mestre pernambucano. É fundamental manter viva essa tradição e proporcionar visibilidade ao legado de grandes artistas que contribuíram significativamente para a diversidade cultural do Brasil.

O lançamento do single é uma forma de celebrar a vida e a obra de Paulinho Sete Flechas, enaltecendo sua dedicação e talento que marcaram gerações e influenciaram inúmeros artistas. A música “Deus da Dança” representa não apenas uma homenagem, mas também um tributo sincero a um mestre cujo legado transcende fronteiras e inspira a preservação e disseminação da cultura popular.

Ao compartilhar a história de Paulinho Sete Flechas e seu pai, Mestre Zé Alfaiate, a Companhia “Tempo de Brincar” reforça a importância de manter viva a memória de figuras emblemáticas da cultura brasileira, garantindo que suas contribuições não sejam esquecidas. Através da música e da arte, é possível honrar e perpetuar o legado desses mestres, inspirando novas gerações a valorizarem suas raízes e a celebrarem a diversidade cultural do país.

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Colecionadores de presépios unem fé e arte no Natal do Alto Tietê: conheça as histórias de Roberto Lemes Cardoso e José Carlos Maziero

Colecionadores de presépios do Alto Tietê unem fé e arte para cultivar a tradição do Natal

Paixão por presépios, tradição que é um dos símbolos do Natal, virou motivo de colecionismo de Roberto Lemes Cardoso, de Guararema, e José Carlos Maziero, de Poá.

Colecionadores de presépios unem fé e arte para celebrar o Natal no Alto Tietê

Entre peças maiores e miniaturas, Roberto Lemes Cardoso tem cerca de 80 presépios. Para o colecionador, as peças fazem parte da história dele, uma tradição de família.

Segundo o aposentado, a coleção começou quando uma amiga foi ao Peru e ele pediu um presépio. A partir daí, ele acabou despertando o interesse na interpretação de povos, de lugares e artistas que confeccionam as peças e na diferença cultural que existe a partir dos presépios.

“O presépio, na verdade, é a manjedoura. Só que hoje se estende mais, alguns são só a sagrada família, mas se coloca muito pastores, cordeiros. O boi e o burro não são do presépio original, não estão na bíblia, mas eles têm um significado que foi acrescentado à gente ao logo da história”, conta Roberto.

Como ele viajava bastante a trabalho, naturalmente outros presépios começaram a chegar.

“Eu, como colecionador, não me interesso muito por ter 300 presépios, 500 presépios. Mas presépios que digam alguma coisa de algum lugar, de alguma época, de alguma pessoa, de algum artista, enfim”.

Roberto divide a coleção em três categorias: itens para a casa dele, que é mais pessoal; os presépios voltados para eventos religiosos, elaborados com foco na fé e na espiritualidade; e os que representam a expressão cultural e artística, refletindo diferentes tradições e culturas ao redor do mundo. Mas ele conta que não há uma peça especial.

“Uma hora você gosta mais, mas aí você vê o outro. É que nem filho, não tem um especial, não tem um preferido. É difícil. Inclusive, tenho uns ali que são de papel. Cheguei a comprar um que você desmontava a caixa de panetone e montava um presépio com as figuras que vinham junto. Então, isso também acho interessante”.

O presépio é uma tradição cristã. Tradicionalmente, é montado no início do advento e desmontado no dia 6 de janeiro e representa o local onde nasceu Jesus Cristo, em Belém, na atual Palestina. Retrata a cena do nascimento, com elementos como Maria, José, os pastores, anjos e os animais, como forma de celebrar a fé e o espírito natalino.

Na casa de José Carlos Maziero, em Poá, o presépio é uma grande maquete, cheia de histórias para contar, com cerca de cinco metros e todo montado pelo aposentado. Segundo ele, são necessários cerca de três meses para a montagem. Ele conta que a paixão começou com o nascimento dos filhos.

“Eu resolvi pegar as pinhas do quintal e fazer aquela casinha. Da casinha, começou a sair tudo. Aí eu queria fazer com a minha filha. Comecei a fazer pra minha filha. Depois veio o menino, aí eu comecei a fazer pro menino. Aí não parei mais, aí tô fazendo até hoje”.

Cheia de movimentos e elementos, a arte impressiona. Desde a primeira casinha feita com pinhas, onde fica a manjedoura, até os barris de vinho feitos de rolha e as parreiras de uva feitas de alpiste de passarinho, até as folhas das árvores feitas com espuma de esponja de lavar louça. Muita criatividade e dedicação que, com a aposentadoria, fez ele trocar a solda pela delicadeza dos trabalhos manuais.

Na construção do presépio, os reis magos saem cada um de um ponto da maquete rumo à manjedoura, onde brilha a estrela à espera da chegada do menino Jesus. Para José Carlos, a tradição do presépio é uma forma mágica de resgatar a fé.

“Na noite de Natal, a minha família vem até aqui. Ou quando era lá embaixo, era lá embaixo, quando era na sala, era na sala. E a gente faz uma prece. Aí nós fazemos a prece do pai nosso, ave maria. Aí cada um se abraça, dá um abraço bem doce, e é assim que a gente faz. Aí sim coloca o menino Jesus. Acabou de colocar, aí a gente faz as preces”, explica José Carlos.

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