Sistema Ipê, que revoluciona gestão ambiental em Goiás

Plataforma Ipê modernizou gestão do meio ambiente em Goiás

O Sistema Ipê, plataforma criada pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) para modernizar a regularização e a proteção do meio ambiente em Goiás, alcançou, nesta semana, a marca de cinco mil licenças emitidas.

O Ipê entrou no ar em setembro de 2020. Aos poucos, incorporou e aperfeiçoou serviços, até então, executados pelo sistema SGA. De acordo com dados da Semad de dezembro de 2022, o Ipê conseguiu reduzir o tempo necessário para emissão de uma licença em até 95,3%, em determinados casos. É o caso, por exemplo, das Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH), menores e menos potentes do que as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). Em média, o tempo para tramitar um pedido alusivo a uma CGH caiu de 483 dias para 57.

O Ipê foi lançado em 21 de setembro de 2020 e alcançou a marca de mil licenciamentos emitidos em novembro de 2021. A partir daí, com o aprimoramento da plataforma, esse número cresceu de forma exponencial: três mil licenças em dezembro de 2022 e cinco mil em março de 2023.

“Note que o gráfico está subindo mais próximo de uma progressão geométrica, do que de uma progressão aritmética. Isso ocorre porque a gente promove melhorias no sistema todos os dias”, diz José Bento da Rocha, subsecretário de Planejamento, Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Estado de Goiás.

O Portal Ambiental de Goiás, onde está o Sistema Ipê, começou como uma plataforma voltada apenas para o licenciamento. Hoje, agrega também uma ferramenta inovadora de simulação para o licenciamento – Ipê Simulador, o Sistema Estadual de Informações sobre Segurança de Barragens (Seisb), o sistema de análise para o Documento de Origem Florestal (DOF), o sistema de gestão de taxas e a transparência ambiental. As tipologias, nome dado ao tipo de intervenção a ser licenciada, passaram de 15 para mais de 230.

“O Ipê está no centro de uma revolução que nós promovemos nas políticas de meio ambiente em Goiás”, afirma a secretária de Estado de Meio Ambiente, Andréa Vulcanis. “A gente desconhece uma plataforma, em todo o Brasil, que seja tão segura, transparente e eficiente como a nossa. E adianto que novos serviços serão incorporados a ela, tornando-a ainda melhor”.

Novidades no Ipê

A próxima etapa será incluir três novas funcionalidades ao Ipê. A primeira é a análise de pedidos de licenciamento de empreendimentos enquadrados como classe 6, que envolvem um significativo impacto ambiental. O segundo é a possibilidade de alterar a titularidade dos empreendimentos/documentos. E o terceiro é a ampliação ou a renovação da licença de licenças emitidas no próprio Ipê. Também estão em planejamento/execução serviços como o Ipê Municípios e a emissão de outorgas no Portal Ambiental, através de uma plataforma de análise tão eficiente quanto a que existe hoje para o licenciamento.

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MP do TCU pede suspensão de salários de Bolsonaro e outros militares

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, pediu na última sexta-feira, 22, a suspensão do pagamento dos salários de 25 militares ativos e da reserva do Exército que foram indiciados pela Polícia Federal (PF) por tentativa de golpe de Estado.
 
Entre os militares citados, estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, um capitão reformado que recebe um salário bruto de R$ 12,3 mil, o general da reserva Augusto Heleno, com um salário de R$ 36,5 mil brutos, o tenente-coronel Mauro Cid, que ganha R$ 27 mil, e o general da reserva Braga Netto, com um salário de R$ 35,2 mil.
 
Lucas Furtado argumentou que o custo dos salários desses militares é de R$ 8,8 milhões por ano. “A se permitir essa situação – a continuidade do pagamento da remuneração a esses indivíduos – o Estado está despendendo recursos públicos com a remuneração de agentes que tramaram a destruição desse próprio Estado para instaurar uma ditadura”, afirmou o subprocurador.
 
Além da suspensão dos salários, Furtado também pediu o bloqueio de bens no montante de R$ 56 milhões de todos os 37 indiciados pela PF. Essa medida visa cobrir os prejuízos causados pelos atos de destruição do patrimônio público em 8 de janeiro de 2023, que totalizam R$ 56 milhões, conforme estimado pela Advocacia-Geral da União (AGU).
 
“Por haver esse evidente desdobramento causal entre a trama golpista engendrada pelos 37 indiciados e os prejuízos aos cofres públicos decorrentes dos atos de destruição do patrimônio público em 8 de janeiro de 2023, considero que a medida cautelar também deve abranger a indisponibilidade de bens”, completou Furtado.
 
O pedido inclui ainda a extensão da medida de suspensão de qualquer pagamento remuneratório aos outros indiciados que recebam verba dos cofres públicos federais, incluindo do Fundo Partidário. O processo para avaliar a suspensão dos salários ainda não foi aberto pelo TCU.

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