Sob ventos fortes, goianos ficam desaparecidos em naufrágio no Pantanal

Nesta sexta-feira (15), por conta de fortes ventanias, um barco-hotel chamado de Carcará naufragou no Rio Paraguai, região do Tajiloma, em Corumbá, Mato Grosso do Sul. Segundo o Corpo de Bombeiros, das 21 pessoas que estavam na embarcação, 12 são goianos, de Rio Verde. Sete pessoas estavam desaparecidas, duas foram encontradas ontem e outras quatro na manhã de hoje (16). A equipe de resgate continua no local em busca de uma última vítima do naufrágio, que ainda não foi localizada.

O Corpo de Bombeiros relatou que o Rio Paraguai, na região do Pantanal, tem água escura e correnteza forte, dificultando as buscas. Um dos sobreviventes disse à equipe de buscas que, no momento do acidente, sete pessoas ficaram submersas.

Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul

Trabalham no local a equipe do Corpo de Bombeiros Militar do Mato Grosso do Sul, com 16 militares (entre eles quatro mergulhadores), uma viatura de salvamento, duas embarcações, uma unidade de resgate e equipamentos para mergulho. A equipe de Busca e Salvamento da Marinha também está presente no resgate das vítimas do naufrágio.

Inquérito deve averiguar se embarcação tinha alvará

O Corpo de Bombeiros informou à equipe do Diário do Estado que este tipo de embarcação precisa do alvará de funcionamento, emitido pela Marinha, para funcionar. Procurada, a Marinha informou que estas informações serão esclarecidas no Inquérito.

Defesa Civil alertou para risco de temporal

A Defesa Civil de Mato Grosso do Sul emitiu alerta de perigo pelos riscos de tempestade na região, entre 11h de sexta-feira (15) e 11h deste sábado (16). O comunicado alertava para ventos de 60 a 100 Km por hora, granizo e chuvas de 30 a 60 mm/hora ou de 50 a 100 mm/dia. Ainda segundo a Defesa Civil, a tempestade seria forte a ponto de trazer prejuízos como falta de energia, danos em plantações, quedas de árvores e alagamentos.

INMET emitiu alerta de tempestade perigosa no horário do acidente

Vídeo mostra embarcação naufragada

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o barco-hotel após o naufrágio. Na filmagem, um homem comenta “temos que chamar a Marinha”, dando a impressão de que o acidente havia acontecido há pouco tempo. Cerca de oito pessoas, a maioria sem colete salva-vidas, estavam por cima ou na lateral da embarcação. No momento da filmagem, não chovia, mas é possível perceber nuvens acinzentadas no céu.

Região sofreu “temporal de areia”

Várias cidades do Mato Grosso do Sul sofreram com ventania forte de terra, também nesta sexta-feira (15). Nas redes sociais, moradores publicaram vídeos da tempestade e relataram queda de energia e destruição.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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