Sobe número de hospitalizações para Covid-19 nesta semana em Goiás

Uma semana após liberação do uso de máscara em lugares abertos pela Secretaria Estadual de Saúde (SES Goiás), o número de internações por causa da covid subiu discretamente. A decisão dos técnicos foi anunciada na sexta-feira passada (11) e a quantidade de pessoas hospitalizadas foi de 95 para 113, comparando a semana anterior com o a atual. Os óbitos suspeitos em investigação no estado são 386, ao todo.

Apesar de não refletir fielmente o contexto, o dado chama atenção para a necessidade de início e atualização do esquema vacinal. “O esquema completo consiste em três doses. Só assim consideramos que a pessoa está totalmente imunizada. Foi assim que houve a diminuição da gravidade da doença, o que resultou em menos internações e em menos óbitos”, explica o infectologista Marcelo Daher.

As chances de morte pela doença de um idoso não vacinados ou com vacinação incompleta é 19 vezes maior em relação a um com esquema primário e dose de reforço. Entre os adultos na mesma condição, a possibilidade de óbito é nove vezes maior.

O convencimento sobre a importância dos imunizantes e a busca ativa podem ajudar a aumentar os índices de vacinados, embora a maior parte dos municípios goianos esteja com cobertura vacinal acima dos 70%. O especialista defende  que a estratégia pode ser bastante eficaz ao ofertar as doses em hospitais, escolas e shoppings.

Ele diz que o uso da máscara entre pessoas mais velhas, imunossuprimidas ou com comorbidades está condicionada a uma avaliação individual. Porém, o infectologista orienta a utilização em ambientes fechados e com aglomeração de pessoas por causa do risco de contaminação.

O médico alerta para o fato que a Covid- 19 ainda é uma pandemia e que a possibilidade de um decreto presencial rebaixando a situação epidemiológica da doença no Brasil para uma endemia seria apenas um mero ato documental. “Essa mudança depende de dados nacionais e mundiais. Não é tão simples assim com uma canetada alterando as coisas”, afirma Daher.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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