Sobe para 32 o número de mortos em terremoto no México

O número de mortos em um terremoto de 8,2 graus que abalou o sul do México subiu para 32 após a confirmação de 15 mortos em uma zona montanhosa do estado de Oaxaca – informou o governo mexicano nesta sexta-feira (8).
O total de vítimas fatal é de 32

No total, são 23 mortes confirmadas no estado de Oaxaca, sete em Chiapas e duas em Tabasco. O Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico chegou a emitir um alerta de possíveis ondas gigantes de até 4 metros de altura para México, Guatemala, El Salvador, Costa Rica, Nicarágua, Panamá, Honduras e Equador. No início da manhã, o aviso foi retirado.

Tremor

O tremor é considerado o maior desde 1985, mas o presidente Enrique Peña Nieto garante que foi o pior da história do país. As autoridades emitiram um alerta de tsunami, já que ondas gigantes podem atingir também Equador, Nicarágua, Panamá, Guatemala, Honduras, El Salvador e Costa Rica. Várias cidades costeiras estão sendo evacuadas. O epicentro do tremor foi registrado a 165 quilômetros a oeste de Tapachula, no estado de Chiapas, na fronteira do México com a Guatemala, às 23h49 locais de ontem (1h49 no horário de Brasília).

O maior número de vítimas até agora é em Oaxaca, onde dezenas de prédios e imóveis desabaram, entre eles a Prefeitura de Juchitan de Zaragoza e um hotel em Matías Romero.

O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, ativou o comitê de emergência e comentou que “este foi o terremoto mais forte dos últimos 100 anos”, alegando que o último fenômeno a atingir o país de maneira tão forte ocorrera em 1932.

“O que nos preocupa agora são as réplicas, que já chegaram a 65, além do alerta de tsunami”, disse Peña Nieto. Em 19 de setembro de 1985, quando o México foi atingido por um terremoto de 8,1 graus, uma réplica de magnitude 7,5 ocorreu no dia seguinte e agravou os danos. “Foi um longo terremoto, todos nós sentimos”, confessou o presidente, calculando que cerca de 50 milhões de pessoas tenham percebido o tremor de terra.

Apesar do epicentro do terremoto ter sido registrado em Chiapas, várias pessoas relataram ter sentido a terra balançar na capital do país, Cidade do México, que fica a mil quilômetros de distância. Também foram reportados danos em estradas, usinas de gás e serviços de abastecimento. Boa parte da população mexicana ficou sem energia elétrica por horas.

 

As informações são da Agência ANSA

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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