Última atualização 10/01/2022 | 07:57
Na noite deste domingo (9), o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBM-MG), encontrou outros três corpos de vítimas do acidente em Capitólio, a pouco mais de 300 quilômetros de Belo Horizonte. Segundo a equipe, não há mais pessoas desaparecidas. O anúncio foi feito às 19h50, momento em que os Bombeiros suspenderam as buscas temporariamente. O trabalho foi retomado às 6h desta segunda-feira (10), para buscas de fragmentos de corpos e possíveis vítimas que ainda não tenham sido localizadas.
Os Bombeiros encontraram ainda fragmentos de corpos que integram o acervo da Polícia Civil, formado para identificação das vítimas. Ao todo, três lanchas foram atingidas pela queda de um paredão no cânion do Lago de Furnas neste sábado (08) por volta do meio-dia. De acordo com o porta-voz do CBM-MG, tenente Pedro Aihara, havia de 70 a 100 pessoas na região do acidente em barcos. Além das dez mortes registradas, 32 pessoas ficaram feridas, sendo que 27 foram atendidas e liberadas.
O prefeito de Capitólio anunciou o fechamento do turismo aquático por tempo indeterminado até liberação de um parecer da Defesa Civil. “Estão fechados os pontos aquáticos com paredões e pedras. No nosso caso são os cânions, Cascatinhas e Vale dos Tucanos”, disse Cristiano Geraldo da Silva.
Nos vídeos publicados na internet que registram o desabamento, pilotos e turistas de embarcações mais afastados do paredão gritam para os demais retornarem porque havia pedras caindo sinalizando o desastre natural.
Alerta
Especialistas em Geologia apontam que as autoridades locais deveriam impedir passeios no local no período de chuvas, principalmente intensas e concentradas como as deste ano, e monitorar a região, embora os desmoronamentos sejam de ordem natural, devido ao risco de acidentes. Os estudiosos defendem a necessidade de mapeamento geológico do local. A Defesa Civil de Minas Gerais havia emitido alerta para o risco de altos índices pluviométricos na região.
Previsão
Ontem, circulou na internet a imagem de um foto que teria sido registrada por um médico que visitou o lago de Capitólio em 2012. À época, ele publicou a imagem do paredão que caiu alertando para o desabamento iminente.