Sobe percentual de homens que fazem tarefas domésticas

O Sul é a região que foi registrado maior percentual

Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), no ano passado cerca de 84% da população de 14 anos ou mais tinham afazeres domésticos em casa ou em endereços de parentes.

As informações indicam porém a existência de uma grande diferença nas taxas de afazeres domésticos entre homens e mulheres, enquanto 91,7%  das mulheres faziam essas atividades, a proporção era de 76,4% entre os homens no mesmo período.

O percentual caiu em relação a 2016 quando houve aumento da taxa de afazeres, mas com maior intensidade entre os homens, cujo crescimento foi de 4,5 pontos percentuais. O IBGE informou que a taxa de realização mensura apenas se a pessoa realizou ou não algum tarefa doméstica e não a intensidade em número de horas semanais dedicas a tais tarefas.

Sexo, raça e instrução

Foi verificado também que a taxa de tarefas domésticas entre as mulheres de 25 a 49 anos era de 95,4%, já entre as de 50 anos ou mais, (0,8%, entre as jovens de 14 a 24 anos de idade, era de 85,2%.  Para os homens, a taxa era 80,9% no grupo de 25 a 49 anos, de 79,3% para os de 50 anos ou mais, e 63,5% para quem tinha de 14 a 24 anos de idade.

Por região do país, a pesquisa mostra que no Sul foi registrado o maior percentual de pessoas com afazeres domésticos,  na população em idade de trabalhar: 88,2% do total. O  Nordeste anotou o menor percentual: 79,7%. A pesquisa do IBGE observou que, entre 2016 e 2017, houve aumento da taxa de afazeres  em todos os grupos de idade, mas a alta foi mais intensa entre os jovens do sexo masculino de 14 a 24 anos, com crescimento de 6,7%, e de 25 a 49 anos (6,6%).

Quando a análise da pesquisa se dá por cor ou raça percebe-se que as taxas de tarefas domésticas eram menores entre as mulheres brancas, segmento onde 90,9% executavam esses afazeres. Já entre as mulheres pretas o percentual era de 93,5% e de 92,3% entre as pardas. Ainda analisando por cor e sexo, a pesquisa mostrou que os homens pardos apresentaram as menores taxas de tarefas domésticas: em 2017, 77,8% dos homens brancos, 77,7% dos pretos e 74,7% dos pardos. No entanto, os homens pardos exibiram a maior elevação desta taxa: 7% entre 2016 e 2017.

Quando a pesquisa abrange o segundo nível de instrução, constata-se que a taxa de afazeres cresce conforme aumenta o nível de instrução. O estudo apurou que, em 2017, 81,6% daqueles que não tinham instrução ou tinham o ensino fundamental incompleto faziam afazeres domésticos, enquanto 89,1% daqueles com ensino superior completo executavam as tarefas. No período, o maior aumento de taxa de realização ocorreu entre as pessoas com superior completo (5,1%) e o menor, entre os sem instrução ou com fundamental incompleto (3,3%).

 

 

 

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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