Sobrinha dá golpe de R$ 400 mil nos tios após se passar pelo Poder Judiciário: PC investiga trama de estelionato

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Sobrinha que se passou pelo Poder Judiciário para dar golpe de R$ 400 mil nos tios dizia que eles seriam ressarcidos e que gastos eram por segurança, diz PC

Trama envolvia passagem para lugares turísticos, celulares e compras. Mensagens de falsos agentes induziram as vítimas a ficar longe de casa por três meses, disse delegado.

Jovem é presa em Jataí suspeita de aplicar golpes nos próprios tios

A sobrinha que se passou pelo Poder Judiciário para dar golpe de R$ 400 mil nos tios chegou a dizer que eles seriam ressarcidos e que os gastos eram para a segurança deles. De acordo com a investigação da Polícia Civil (PC), ela dizia para os tios que eles precisavam sair da cidade e que estavam jurados de morte.

O delegado Marlon Luz contou ao DE que os tios da jovem recebiam mensagens dizendo que ela deveria ficar na casa deles. As mensagens diziam ainda que a sobrinha e a tia vítima do golpe, estavam na lista do PCC para serem mortas a um valor cobrado de R$ 120 mil. Depois, os avisos diziam que a sobrinha e a tia precisavam viajar por motivos de segurança.

“Eles tinham que sair de Jataí e foi determinando vários gastos pra eles. Em viagens, aquisição de roupas e outras coisas que seriam ressarcidas depois, supostamente, pra poder iniciar, porque é uma forma de proteção da família e da tia e da sobrinha”, contou o delegado.

Ainda de acordo com o delegado, os destinos eram sempre lugares turísticos aqui de Goiás e de fora do estado. Segundo as investigações, ao todo elas chegaram a ficar três meses fora de Jataí.

“Depois falavam que a vigilância deles estava sob risco, que descobriram que eles estavam e que eles iam sair imediatamente do local”, explicou.

De acordo com a polícia, a jovem havia sido presa há pouco tempo por suspeita de estelionato envolvendo alugueis em Rio Verde, a cerca de 100 km de distância. Após deixar o presídio, os tios acolheram a mulher e deixaram que ela morasse com eles por alguns dias, mas depois começaram a pagar o aluguel de uma quitinete para ela morar até conseguir um trabalho.

Segundo Marlon, após a jovem se mudar, o casal começou a receber as primeiras mensagens, supostamente do Poder Judiciário, alegando que seria da vara criminal responsável pelo processo da sobrinha deles e que a mulher não poderia deixar a casa dos tios.

“Ela retornou para lá [casa dos tios] e começou a viver no conforto, até que eles receberam outras mensagens dizendo que a autora e a tia estavam numa lista para serem mortas pelo PCC e teria uma recompensa de R$ 120 mil para matá-las”, declarou.

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