Solidariedade e PRD devem anunciar nesta semana a formação de uma federação partidária, em uma tentativa de driblar a cláusula de desempenho prevista para 2026. Os dirigentes dos partidos afirmam que é necessário o distanciamento de figuras como Lula e Bolsonaro nas próximas eleições.

A aliança entre Solidariedade e PRD está prevista para ser anunciada em um evento na Câmara dos Deputados, com a presença dos presidentes do Senado e da Câmara. A documentação da federação deverá ser formalizada ao longo da semana e encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral para oficialização.

União Brasil e PP também fecharam uma federação partidária, buscando evitar o asfixiamento financeiro que ocorrerá a partir de 2026. As federações partidárias unem siglas por pelo menos quatro anos, atuando como uma única entidade nos cálculos de distribuição de recursos.

Esses movimentos têm como objetivo garantir acesso aos recursos públicos mensais, ao fundo partidário e ao tempo de propaganda em TV e rádio. A federação proposta entre Solidariedade e PRD contará com 10 deputados federais, um governador e 138 prefeitos eleitos em 2024.

A liderança da federação, ao longo dos quatro anos, ficará sob a responsabilidade de Ovasco Resende, do PRD, enquanto Paulinho da Força, do Solidariedade, ocupará a vice-presidência. Os partidos ainda avaliam a possibilidade de ampliar o grupo para estabelecer uma base sólida.

Além da questão financeira, a federação também pretende discutir alianças para as eleições presidenciais de 2026. A ideia é consolidar uma candidatura de centro, rejeitando apoio a eventuais reeleições de Lula ou candidaturas de Bolsonaro, devido ao descontentamento de alas dessas siglas.

A movimentação de Solidariedade e PRD demonstra a busca por uma saída viável para somar votos e garantir a sobrevivência das siglas. A união dos partidos é vista como uma estratégia para enfrentar os desafios políticos e eleitorais que se apresentam no cenário nacional.