Solto, pastor envolvido em escândalo do MEC alega “guerra contra evangelho”

Solto, pastor envolvido em escândalo do MEC alega “guerra contra evangelho”

Um dos pastores presos nesta semana por envolvimento em liberação de recursos do Ministério da Educação (MEC) para aliados do titular Milton Ribeiro se pronunciou sobre o assunto na madrugada deste domingo (26). Gilmar Santos afirmou chorando aos fiéis que a ação policial teve cunho espiritual. A declaração ocorreu durante um culto evangélico em Aparecida de Goiânia.

“Esta guerra não é contra um, é contra o Evangelho, contra a família que ensinamos, contra os pilares que a igreja evangélica ensina”, comentou brevemente dias após ser liberado pela Polícia Federal. Ele foi citado pelo ex-ministro da Educação como um dos responsáveis pela indicação de prefeituras que receberiam com prioridade dinheiro público da pasta. O pastor Arilton Moura compartilharia a tarefa, a pedido do presidente Jair Bolsonaro.

Santos se limitou a acrescentar que não abordará mais o tema por enquanto, mas pretende convidar a imprensa no futuro para apresentar detalhes. Por meio de uma “Carta ao Povo de Deus” postada em sua rede social no Instagram, Gilmar afirmou que interesses políticos manipulam a verdade e transparência dos fatos porque haveria uma luta para enfraquecer o governo. De acordo com ele, a prisão foi ilegal e inconstitucional.

O desvio de verbas comandado por uma espécie de gabinete paralelo chegou a ser confirmada por Ribeiro em ligações telefônicas. Agora, todos os envolvidos negam a prática.  Ele reconheceu em entrevistas que colaborou na aproximação entre colegas e ex-ministro Milton Ribeiro. A operação da PF prendeu ainda outras  três pessoas: o ex-titular Milton Ribeiro, o ex-assessor da Prefeitura de Goiânia, Helder Barbosa, e o ex-gerente de projetos da Secretaria Executiva do MEC, Luciano Musse.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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