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Solto, pastor envolvido em escândalo do MEC alega “guerra contra evangelho”

Última atualização 26/06/2022 | 10:01

Um dos pastores presos nesta semana por envolvimento em liberação de recursos do Ministério da Educação (MEC) para aliados do titular Milton Ribeiro se pronunciou sobre o assunto na madrugada deste domingo (26). Gilmar Santos afirmou chorando aos fiéis que a ação policial teve cunho espiritual. A declaração ocorreu durante um culto evangélico em Aparecida de Goiânia.

“Esta guerra não é contra um, é contra o Evangelho, contra a família que ensinamos, contra os pilares que a igreja evangélica ensina”, comentou brevemente dias após ser liberado pela Polícia Federal. Ele foi citado pelo ex-ministro da Educação como um dos responsáveis pela indicação de prefeituras que receberiam com prioridade dinheiro público da pasta. O pastor Arilton Moura compartilharia a tarefa, a pedido do presidente Jair Bolsonaro.

Santos se limitou a acrescentar que não abordará mais o tema por enquanto, mas pretende convidar a imprensa no futuro para apresentar detalhes. Por meio de uma “Carta ao Povo de Deus” postada em sua rede social no Instagram, Gilmar afirmou que interesses políticos manipulam a verdade e transparência dos fatos porque haveria uma luta para enfraquecer o governo. De acordo com ele, a prisão foi ilegal e inconstitucional.

O desvio de verbas comandado por uma espécie de gabinete paralelo chegou a ser confirmada por Ribeiro em ligações telefônicas. Agora, todos os envolvidos negam a prática.  Ele reconheceu em entrevistas que colaborou na aproximação entre colegas e ex-ministro Milton Ribeiro. A operação da PF prendeu ainda outras  três pessoas: o ex-titular Milton Ribeiro, o ex-assessor da Prefeitura de Goiânia, Helder Barbosa, e o ex-gerente de projetos da Secretaria Executiva do MEC, Luciano Musse.