“Somente a minha família sabia”, diz Klara Castanho mirim sobre exposição de gravidez após estupro

Klara Castanho

Uma história marcada por violência, quebra de sigilo ético e polêmica veio à público nesta semana e chocou os fãs da atriz Klara Castanho, de 21 anos de idade. Tudo começou com a fala da apresentadora Antônia Fontenelle que citou em uma live que uma ex-atriz-mirim havia engravidado e entregue a criança para adoção sem olhar para o rosto do bebê. Ela considerou a  atitude “abandono de incapaz”.

“Uma tristeza infinita que eu nunca tinha sentido antes. As redes sociais são uma ilusão e deixei lá a ilusão de que a vida estava ok enquanto eu estava despedaçada. Somente a minha família sabia o que tinha acontecido”, publicou Castanho em sua rede social por meio de uma “Carta Aberta” na noite deste sábado (25)

O assunto se tornou um dos mais comentados do Twitter porque os internautas o associaram à Klara. O jornalista de celebridades e amigo de Fontenelle, Leo Dias, chegou a confirmar em sua rede social que soube do caso em 10 de maio deste ano e preferiu não publicar a notícia. Em seguida, a postagem foi apagada por orientação da direção do jornal para o qual ele trabalha. O segredo, no entanto, foi compartilhado com a apresentadora.

Castanho afirma que o estupro aconteceu quando estava longe da família e decidiu não registrar um boletim de ocorrência. Ela procurou assistência médica, tomou medicamentos específicos e tentou esquecer a violência sexual. Meses depois, no entanto, começaram sintomas que foram confundidos com diversas doenças. Uma tomografia para investigação foi realizada e logo interrompida quando a equipe constatou a gestação.

“Eu não tinha (e não tenho) condições emocionais de dar para essa criança o amor, o cuidado e tudo o que ela merece ter. Entre o momento que eu soube da gravidez e o parto se passaram poucos dias”, postou. A atriz confirmou que optou por uma entrega direta para adoção. 

O vazamento da informação foi criticado por ela “os profissionais que deveriam ter me protegido em um momento de extrema dor e vulnerabilidade, que têm a obrigação legal de respeitar o sigilo da entrega, não foram éticos, nem tiveram respeito por mim e nem pela criança”. Castanho também reclama de julgamento das pessoas pela decisão de doar a criança.

Pela internet, diversos famosos prestaram apoio à jovem. O pai da artista manifestou solidariedade e compartilhou fotos dela com o outro filho quando crianças e escreveu “Estarei com vocês até o fim da minha vida”. A humorista Dani Calabresa, que acusa o o ex-diretor da Globo Marcius Melhem de assédio sexual, comentou em uma das publicações de Klara. “Todo meu carinho e respeito”, publicou.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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