Spike Lee chama Bolsonaro de Gângster em Cannes

Na cerimônia de abertura do 74º Festival de Cannes, nesta terça-feira (6), o produtor americano Spike Lee chamou o presidente Jair Bolsonaro de gângster em discurso. “O mundo está sendo governado por gângsteres. O Agente Laranja (referindo-se ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump), o cara do Brasil (Bolsonaro) e Putin. São gângsteres e vão fazer o que quiserem.”

Diretor de filmes como ” Faça a coisa certa “,” Malcolm X “e”Infiltrado na Klan (2018)”. Em uma de suas maiores obras, Faça a Coisa Certa, Lee trabalha seu roteiro de forma conectada e sensível para mostrar as faces do racismo nos Estados Unidos. Uma bola de neve leva uma comunidade de Nova York a vivenciar momentos trágicos que envolvem preconceito e violência policial.  Lee fez na abertura de Cannes um apelo neste que é um dos microfones mais ouvidos do mundo. “Eles (os presidentes citados) não têm moral ou escrúpulos. Esse é o mundo em que vivemos e precisamos levantar a voz contra gângsteres como esses”, provocou.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp