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Stephen Hawking morre aos 76 anos e recebe homenagens ao redor do mundo

Última atualização 10/04/2018 | 20:03

Conhecido por abordar temas como a natureza da gravidade e a origem do universo, Stephen Hawking marcou o cenário científico. O físico, matemático e professor britânico morreu na última segunda-feira (14), aos 76 anos de idade, em sua casa em Cambridge, conforme informado pela família em comunicado.

Hawking foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA) ainda aos 21 anos, o que não o impediu de se tornar um dos mais brilhantes cientistas desde Albert Einsten. Em certa fase da doença degenerativa, o cientista  perdeu a capacidade da fala e dos movimentos, conseguindo mover apenas um dedo e os olhos voluntariamente.

Em 1988, atingiu o auge de sua carreira ao publicar o livro Uma Breve História do Tempo, que fala sobre a origem do Universo e sobre a lógica dos buracos negros. Escreveu em uma linguagem simples, apesar do tema complexo. Resultando na venda de 10 milhões de cópias e na tradução para mais de 30 idiomas.

Em uma cadeira de rodas e falando através de um sintetizador eletrônico, Hawking continuava expressando suas ideias e prosseguindo com suas pesquisas, trabalho que o tornou respeitado e ouvido no mundo todo, não só por sua inteligência, mas também por sua perseverança.

Autor de 14 livros, uma coincidência marca seu nascimento e sua morte: Hawking nasceu em 8 de janeiro de 1942, exatamente 300 anos após a morte de Galileu, e morreu no mesmo dia do nascimento de Albert Einstein (14 de março de 1879).

Em 2014, sua história de vida foi contada no filme “A teoria de tudo”, interpretado pelo ator Eddie Redmayne, que conquistou o prêmio Oscar de melhor ator pela sua atuação no filme. O ator, inclusive, homenageou o físico, em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, ao dizer “Nós perdemos uma verdadeira mente brilhante, um cientista surpreendente e o homem mais divertido que tive o prazer de conhecer“. Confira o trailer do filme.

Outros ícones o homenagearam. Neil deGrasse Tyson, dramaturgo e também astrofísico, postou uma homenagem em suas redes sociais e disse “Sua morte deixou um vácuo intelectual. Mas não está vazio. Pense nisso como uma espécie de energia de vácuo que permeia o tecido do espaço-tempo que desafia a medida”.

Reprodução/ Mídias Sociais

A universidade de Cambridge, onde obteve seu doutorado em Física Teórica e Cosmologia, também se pronunciou ao lembrar de uma das famosas frases do professor: “Olhe para as estrelas e não para seus pés”

A Nasa também reconheceu o talento e trajetória do cientista: “Suas teorias desbloquearam um universo de possibilidades que nós e o mundo estamos explorando. Pode continuar voando como Superman em microgravidade, como você disse aos astronautas no @Space Station em 2014”.