Steven Gerrard, ex-meio-campista do Liverpool e membro da “Geração de Ouro” do futebol inglês, revelou recentemente que odiava o ambiente da seleção nacional durante sua carreira. Em uma entrevista ao podcast Rio Ferdinand Presents, Gerrard falou sobre como as rivalidades entre os jogadores dos grandes clubes da Premier League prejudicavam o espírito de equipe da Inglaterra.
Para Gerrard, as disputas acirradas entre os atletas do Manchester United, Chelsea e Arsenal se refletiam no ambiente da seleção. Ele afirmou que se sentia isolado e desconectado de seus companheiros durante os períodos de concentração. Apesar de gostar dos treinos e de representar o país, Gerrard se sentia deslocado e deprimido nos momentos em que não estava em campo.
O ex-jogador destacou que, embora se orgulhasse de vestir a camisa da Inglaterra, a falta de coesão e união entre os jogadores era evidente. Gerrard revelou que passava longas horas sozinho em seu quarto, sem se sentir parte de um time. Essa situação contribuiu para que ele se sentisse um “perdedor egoísta”, em suas próprias palavras.
Apesar das dificuldades enfrentadas, Gerrard teve uma carreira de sucesso tanto no Liverpool quanto na seleção inglesa. Ao lado de outros astros como Frank Lampard, Wayne Rooney e David Beckham, ele fez parte de uma geração talentosa, mas nem sempre bem-sucedida. As questões internas e as rivalidades entre os clubes da Premier League contribuíram para um ambiente conturbado na seleção.
Mesmo após sua aposentadoria dos gramados, Steven Gerrard mantém sua ligação com o futebol como treinador. Atualmente comandando o Rangers na Escócia, ele busca transmitir sua experiência aos jovens jogadores, incentivando a união e a coesão dentro do grupo. Gerrard aprendeu com os erros do passado e busca criar um ambiente positivo e colaborativo em sua equipe.
A história de Gerrard serve como um alerta sobre a importância do trabalho em equipe e da superação das rivalidades pessoais em prol de um objetivo comum. Seu relato sincero sobre o ambiente da seleção inglesa durante a “Geração de Ouro” serve como uma reflexão sobre as consequências da falta de coesão e união em um grupo de trabalho. Ao compartilhar suas experiências, Gerrard espera inspirar outros a aprender com os erros do passado e a buscar sempre a harmonia e o trabalho em conjunto.