STF autoriza que estados e municípios comprem vacinas sem aprovação da Anvisa

Por unanimidade, 10 ministros do Supremo Tribunal Federal decidiram por manter a liminar de Ricardo Lewandowski, permitindo que estados e municípios importem vacinas mesmo sem a aprovação prévia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

A decisão provisória emitida em dezembro de 2020 permite que as cidades e as unidades federativas comprem e distribuam os imunizantes que pediram aprovação na Anvisa, mas que não receberam o aval em 72 horas.

Mas a decisão também condiciona esta compra apenas às vacinas que já tenham registro de uso em larga escala em outras agências de renome e entidades sanitárias ao redor do mundo. O Congresso já havia aprovado as 72h para que a Anvisa se manifestasse sobre os registros pedidos pelas farmacêuticas, e agora a Câmara dos Deputados aprovou uma medida provisória que facilita a compra dos insumos.

A medida do legislativo prevê a dispensa de licitações antes do registro sanitário, e agora o projeto vai para o Senado. A Anvisa aprovou, nesta terça-feira, 23, a vacina americana da Pfizer, mas o Governo Federal está com as negociações paradas desde o ano passado.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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