STF busca intimar Bolsonaro no hospital para julgamento do golpe: núcleo 1 já citado, ex-presidente aguarda notificação no DF Star

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Após ‘live’ no quarto de UTI, STF autoriza intimar Bolsonaro no hospital para dar andamento ao julgamento do golpe

Outros réus do ‘núcleo 1’ já foram intimados, mas DE aguardava para notificar Bolsonaro em razão da cirurgia recente. Na terça, Bolsonaro fez live do quarto de UTI em Brasília.

O Supremo Tribunal Federal (STF) informou que vai tentar entregar uma intimação ao ex-presidente Jair Bolsonaro no hospital DF Star, em Brasília, a partir desta quarta-feira (23).

O documento servira para informar oficialmente Bolsonaro e advogados sobre a abertura da ação penal no STF que vai julgar Bolsonaro e outros réus pela tentativa de golpe de Estado em 2022.

Segundo o tribunal, o núcleo 1 – tornado réu no dia 26 de março – foi citado entre os dias 11 e 15 de abril, logo após a publicação do acórdão da decisão da Primeira Turma.

> “Em virtude da internação do ex-Presidente Jair Bolsonaro, foi determinado que se aguardasse uma data adequada em que pudesse, normalmente, receber o oficial de Justiça”, diz o Supremo.

Nesta terça (22), no entanto, o ex-presidente participou de uma transmissão ao vivo na internet, direto do quarto de UTI, na qual conversou com os filhos Carlos e Eduardo Bolsonaro.

Segundo o STF, a divulgação dessa live “demonstrou a possibilidade de ser citado e intimado hoje [quarta]”.

Até as 15h, o Supremo ainda não tinha informado se o oficial de Justiça tinha conseguido, de fato, entregar a intimação.

O ex-presidente Jair Bolsonaro no hospital no quinto dia após a cirurgia para desobstruir o intestino delgado — Foto: Reprodução/X

Uma vez notificados, os réus têm prazo para questionar ou contestar trechos do julgamento de março. Relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes pode decidir sozinho ou submeter essas perguntas à análise da Primeira Turma.

Vencida essa etapa, começa a fase de instrução do julgamento. Neste momento, há coleta de provas, depoimento de testemunhas, interrogatórios e apresentação de novos argumentos da defesa.

Ao fim de todo esse procedimento, Bolsonaro e os demais réus irão de fato a julgamento – e serão considerados culpados ou inocentes pelos crimes listados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

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