STF decide que injúria racial pode ser equiparada ao crime de racismo e é imprescritível

Prédio do STF

Nesta quinta-feira (28), o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 8 votos a 1, que o crime de injúria racial pode ser equiparado ao crime de racismo, tornando-se imprescritível, ou seja, não importa quanto tempo passe, a punição pode ser aplicada em qualquer momento.

De acordo com o Código Penal (CP), no artigo 140, o delito de injúria é descrito como ofender a dignidade ou ao decoro com base em sua raça, cor, etnia, religião, idade ou deficiência. Isso significa que as palavras depreciativas para ofensas nesses casos, confere o crime.

Já o crime de racismo, está previsto no artigo 5º da Constituição Federal. O texto determina que a “a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais” e também na Lei nº 7.716/1989, conhecida como Lei do Racismo.

Os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Ricardo Lewandowski, Luiz Fux, Rosa Weber, Dias Toffoli e Cármen Lúcia votaram de acordo com o relator da proposta, o ministro Edson Fachin. O ministro Nunes Marques foi o único que votou contra a matéria.

Decisão do STF

O caso que levou o STF a entender a injúria racial como crime de racismo envolve uma mulher idosa de 79. Em 2013, o episódio teve condenação, no Distrito Federal, a um ano de prisão por injúria qualificada por preconceito. Na época, a sentença só saiu um ano depois do crime.

A senhora estava em um posto de gasolina e quis pagar o abastecimento do veículo com um cheque, mas a frentista que a atendeu, disse que o lugar não aceitava esse tipo de pagamento, assim, a mulher ofendeu a trabalhadora com os dizeres “negrinha nojenta, ignorante e atrevida”.

A defesa da senhora alegou que a cliente não merecia punição, visto que a injúria racial se prescrevia e também pela idade da mulher. De acordo com o CP, o prazo da prescrição cai pela metade quando o acusado tem mais de 70 anos. Os ministros, entretanto, entenderam que a injúria é um “tipo de preconceito”.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Hackers atacam site do governo argentino e divulgam ofensas a Javier Milei

O site oficial do governo da Argentina foi alvo de um ataque cibernético na noite desta quarta-feira, 25. Durante a invasão, os hackers publicaram ofensas direcionadas ao presidente Javier Milei, além de conteúdos antissemitas.

De acordo com o jornal La Nación, o portal “Mi Argentina” ficou fora do ar por mais de uma hora, impossibilitando o acesso aos serviços disponíveis. A Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do país informou que o ataque ocorreu por volta das 21h30.

Entre as ações dos invasores, foram divulgadas músicas com insultos ao presidente, alterações em cabeçalhos e rodapés do site e uma série de stories na conta oficial do governo argentino no Instagram.

Em nota publicada na rede social X, a Secretaria de Inovação afirmou que o episódio reflete a precariedade dos sistemas herdados de administrações anteriores. O órgão também criticou a oposição por não apoiar investimentos em cibersegurança, previstos no decreto de necessidades e urgência proposto por Milei.

A Secretaria declarou ainda que o problema foi resolvido e os sistemas foram restabelecidos.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp