STF deve decidir nesta terça-feira se torna Bolsonaro réu por racismo

O voto de desempate do julgamento que poderá tornar réu o deputado federal e candidato à presidência (PSL), Jair Bolsonaro, chega nesta terça-feira (11), ao Supremo Tribunal Federal (STF), pelo ministro Alexandre de Moraes. A acusação foi feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) após deputado declarar, em uma palestra que fez no ano passado no clube Hebraica do Rio de Janeiro, que não destinará recursos para ONGs e que não vai ter ter “um centímetro demarcado” para reservas indígenas ou quilombolas.

Na fala, ele ainda acrescentou: “Onde tem uma terra indígena, tem uma riqueza embaixo dela. Temos que mudar isso daí. […] Eu fui num quilombo, o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada! Eu acho que nem para procriador ele serve mais. Mais de R$ 1 bilhão por ano é gastado com eles”.

A denuncia começou a ser analisada pela Primeira Turma do STF no último dia 28 de agosto.  Na sessão, dois ministros votaram pela rejeição da acusação – Marco Aurélio Mello (relator) e Luiz Fux –; e dois a favor do recebimento da denúncia – Luís Roberto Barroso e Rosa Weber. O ministro Alexandre de Moraes pediu mais tempo para analisar o caso.

Uma eventual decisão a favor do recebimento da denúncia não significa que o candidato será considerado culpado pelo crime, mas que se tornará réu num processo penal, durante o qual poderá se defender novamente para provar sua inocência – somente no julgamento final da ação poderá ser condenado ou absolvido. Réu ou não, ele não será impedido de disputar as eleições para presidente da República.

Jair Bolsonaro já é réu por apologia ao crime de estupro por injúria, por conta do episódio em que disse que não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) porque ela “não merece” e não faz o “tipo” dele.

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Policial disfarçado de Papai Noel prende criminoso procurado há mais de 10 anos

Um policial civil chamou a atenção ao se fantasiar de Papai Noel para prender um criminoso procurado há mais de 10 anos. A ação fez parte de uma operação inovadora e bem-sucedida das polícias civis dos estados do Amapá e do Amazonas, na noite desta segunda-feira, 23.

Ação foi coordenada pela 1ª Delegacia de Santana, no Amapá, liderada pelo delegado Leonardo Alves, e tinha como alvo Raimundo Santos, 40 anos, que vivia em Manaus sob a identidade falsa de Pablo Santos.

Procurado por crimes de furto e roubo e com uma extensa ficha criminal, incluindo investigações por homicídio, o suspeito foi localizado no bairro João Paulo 2º com o apoio da equipe do 1º Distrito Integrado de Polícia de Manaus, coordenada pelo delegado Cícero. Para não levantar suspeitas, um policial se disfarçou de Papai Noel, o que permitiu a prisão do fugitivo sem alertá-lo.

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