STF encerra julgamento do último núcleo da trama golpista

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O Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou nesta terça-feira o julgamento do último núcleo da trama golpista que buscava manter Jair Bolsonaro no poder após a derrota eleitoral de 2022. O grupo, conhecido como ‘núcleo operacional’, é formado por seis réus acusados de coordenar ações práticas para viabilizar o golpe. O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, o general da reserva Mario Fernandes e o ex-assessor presidencial Filipe Martins estão entre os acusados. A sessão teve início com o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, seguido pelos demais integrantes do colegiado: ministra Cármen Lúcia e ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino.

Durante a sessão, a Procuradoria-Geral da República (PGR) sustentou que o grupo é responsável por elaborar planos para tentar dar um golpe de Estado, interferir nas eleições de 2022 e planejar ações violentas. Os réus enfrentam acusações que incluem tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e ameaça ao patrimônio da União. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a condenação dos réus, destacando a gravidade dos atos por eles praticados.

Ao apresentar a denúncia, em fevereiro, Gonet frisou que o núcleo 2 era formado por indivíduos com cargos relevantes, responsáveis por coordenar ações da organização criminosa. Segundo a PGR, a PRF realizou bloqueios de estrada durante o segundo turno das eleições de 2022 para dificultar o acesso às urnas de eleitores de outro candidato. O envolvimento do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e de outros ex-diretores em tais ações foi citado durante o julgamento como parte do núcleo crucial da trama.

Os réus enfrentam a possibilidade de condenação e o início da fase de dosimetria, em que as penas individuais serão determinadas. O procurador-geral reforçou que os acusados tiveram papel relevante nas atividades do grupo e contribuíram decisivamente para os planos de interferência no Estado democrático. A expectativa é de que as decisões do STF em relação a esse caso tenham repercussões significativas na política brasileira e no combate a possíveis movimentos golpistas futuros.

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