STF extradita inglês acusado de tráfico internacional de drogas

STF extradita inglês acusado de tráfico internacional de drogas

Na terça-feira, 22 de outubro, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou, por unanimidade, a extradição de Allan Graham, um cidadão inglês acusado de tráfico internacional de drogas. Graham foi capturado pela Polícia Federal (PF) em dezembro do ano passado em Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, após ter seu nome incluído na lista de procurados da Interpol.
 
A decisão, liderada pelo voto da ministra Cármen Lúcia, determinou que o Reino Unido deve descontar o tempo que Graham ficou preso no Brasil e seguir outras determinações, como a proibição de cumprir mais de 30 anos de condenação no exterior. Os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes também votaram no mesmo sentido.
 
O procedimento de entrega do acusado para as autoridades do Reino Unido será executado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Durante a tramitação do processo no STF, a defesa de Allan Graham se manifestou contra a extradição, argumentando várias razões legais.
 
A decisão do STF é um exemplo de como a cooperação internacional no combate ao tráfico de drogas pode resultar em justiça transnacional. A extradição de Graham para o Reino Unido reflete a seriedade com que as autoridades brasileiras e britânicas abordam esses crimes.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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