O Supremo Tribunal Federal (STF) finaliza os julgamentos relacionados à trama golpista e passa a direcionar sua atenção para casos envolvendo desvios de emendas parlamentares, investigações sobre crime organizado e processos que abrangem os filhos de Jair Bolsonaro. Este reposicionamento de prioridades em 2026 foi comunicado pelo STF, indicando uma mudança de foco. O fechamento dos quatro núcleos ligados ao suposto golpe cria espaço para a Corte reorganizar suas metas e estratégias para o próximo ano.
O primeiro julgamento agendado para 2026 será o do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), previsto para o final de fevereiro. Neste processo, estarão sendo julgados o ex-deputado Chiquinho Brazão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, juntamente com outros acusados. O processo está pronto desde junho, mas aguardou o desfecho dos casos relacionados à tentativa de golpe e à condenação de Bolsonaro.
O ministro Alexandre de Moraes, relator dos principais inquéritos, intensificará investigações sobre a influência política do crime organizado no Rio de Janeiro. Recentemente, determinou a prisão do presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Rodrigo Bacellar, sinalizando que novas informações surgirão no inquérito derivado da ADPF das Favelas, que investiga milícias e facções no estado. Além disso, estão prontos para julgamento processos que envolvem os deputados Josimar Maranhãozinho, Pastor Gil e Bosco Costa, do Partido Liberal, acusados de ‘comercialização’ de emendas parlamentares, com apurações em andamento e operações realizadas pela Polícia Federal.
Mesmo com o encerramento da trama golpista, continuam em aberto processos que têm relação com Eduardo e Carlos Bolsonaro. Eduardo é réu por coação devido às suas ações nos Estados Unidos pressionando autoridades brasileiras, com o julgamento previsto para o próximo ano. Negando atuar em prol da absolvição do pai, afirma que seu objetivo era a aprovação da anistia e critica a suposta postura política do STF. O golpista Paulo Figueiredo, que reside nos EUA, ainda não foi oficialmente notificado sobre as acusações que chama de ‘fajutas’ e fruto de ‘perseguição política’. Já Carlos Bolsonaro foi indiciado no inquérito que investiga uma suposta estrutura paralela na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), com a Procuradoria-Geral da República recebendo o caso e Carluxo negando qualquer envolvimento ou acesso a informações da agência.




