STF forma maioria para tornar Gustavo Gayer réu por calúnia e difamação

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para tornar o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) réu por calúnia e difamação, após julgamento virtual que começou no dia 25 de outubro. A ação foi movida pelo senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), que acusa Gayer de fazer declarações ofensivas em um vídeo publicado no Instagram em fevereiro de 2023, logo após a eleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência do Senado.

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, votou a favor de tornar o deputado réu, sendo acompanhado pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. O julgamento ainda aguarda o voto do ministro Luiz Fux, e a previsão é de encerramento na próxima terça-feira, 5.

No vídeo em questão, Gayer acusa senadores de terem sido “comprados com cargos de segundo escalão” e afirma que alguns parlamentares “traíram o povo brasileiro”. Em um trecho, ele menciona Vanderlan Cardoso diretamente, chamando-o, junto ao senador Jorge Kajuru, de “vagabundo” que teria “virado as costas para o povo em troca de comissão”. Em resposta, o relator Moraes afirmou que “liberdade de expressão não é liberdade de agressão” e que as declarações ultrapassam os limites da crítica política, constituindo “abuso do direito à manifestação de pensamento”.

Em novembro passado, ao ser notificado, Gayer alegou que o STF não teria competência para julgar o caso e citou imunidade parlamentar, entre outros argumentos. No entanto, os ministros do STF indicaram que as declarações públicas do deputado, feitas fora do contexto legislativo, configuram abuso do direito de manifestação e, portanto, não estão cobertas pela imunidade parlamentar.

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STF homologa plano para melhorar condições de presídios

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu homologar o Plano Pena Justa, elaborado pelo governo federal e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para enfrentar os problemas encontrados nos presídios do país. A questão foi decidida em sessão virtual do plenário, que foi encerrada no último dia 19.

O plano foi protocolado em setembro deste ano no âmbito da ação na qual o Supremo determinou a elaboração de um plano nacional de enfrentamento aos problemas dos presídios brasileiros, como superlotação de detentos e disputas entre facções.

A determinação ocorreu em outubro de 2023, quando o STF estabeleceu o estado de coisas inconstitucional nas prisões do Brasil.

Com a decisão, a União e os estados foram obrigados a elaborar um plano para enfrentar os problemas do sistema penitenciário.

O Plano Pena Justa é composto por quatro eixos que tratam do controle de entrada e das vagas no sistema prisional; qualidade dos serviços prestados e da estrutura, reintegração social e política para não repetição do estado de inconstitucionalidade apontado pelo STF.

O plano também apresenta indicadores e metas para os anos de 2025, 2026 e 2027.

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