Nesta segunda-feira, 9, o Supremo Tribunal Federal (STF) deu início ao julgamento de Roberto Jefferson, ex-deputado federal envolvido em casos de incitação à violência contra os Poderes da República, calúnia, réu por incitação à violência e por ter resistido à ordem de prisão e atacado policiais a tiros.
A partir da análise das acusações, o plenário decidirá se Roberto Jefferson será absolvido ou condenado. Deliberação deve ser concluída até sexta-feira, 13, e o ex-deputado poderá entrar com recuso no próprio Supremo.
Investigação
Roberto Jefferson foi preso às vésperas doo segundo turno das eleições presidenciais de 2022, após atacar agentes da Polícia Federal (PF) com fuzis e granadas. Os agentes cumpriam uma ordem de prisão dada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, após o ex-deputado descumprir medidas cautelares enquanto estava em prisão domiciliar.
Além das condenações, o procurador-geral Paulo Gonet afirmou que Jefferson utilizou a estrutura partidária do PTB, sigla presidida pelo ex-deputado entre 2016 e 2021, para atacar instituições democráticas. Anteriormente, ex-deputado também foi alvo de uma investigação do STF que apontou indícios de atuação do político em uma “organização criminosa, de forte atuação digital com a nítida finalidade de atentar contra a Democracia e o Estado de Direito”.
Em janeiro deste ano, a PGR defendeu que os crimes cometidos por Jefferson devem ser julgados pelo STF, argumentando que o ex-parlamentar foi um “elo relevante” para a “engrenagem” dos ataques aos prédios dos Três Poder nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em 2023.