Ao citar a possibilidade de prisão domiciliar para Bolsonaro, a defesa levanta um precedente já visto com outros políticos. Um dos exemplos citados foi o caso de Eduardo Cunha, que teve o benefício concedido pelo STF. O advogado Paulo Bueno, durante o julgamento, argumentou que a idade avançada e questões de saúde do ex-presidente são fatores que justificariam a troca do regime fechado pela prisão domiciliar.
Além de Cunha, outros políticos já obtiveram o benefício da prisão domiciliar com base em alegações semelhantes. A defesa do ex-presidente pode se basear em casos como o de Collor, que também foi contemplado com esse regime por motivos de saúde. O STF tem histórico de considerar a situação individual de cada detento, levando em conta aspectos como idade e condições de saúde.
A questão da prisão domiciliar para Bolsonaro também pode ser vista à luz de um contexto internacional. A condenação de chefes de Estado por golpes é relativamente rara: um levantamento mostra que somente nove líderes mundiais foram punidos dessa forma. A defesa do ex-presidente utiliza esses argumentos para fundamentar o pedido de mudança de regime.
A idade avançada de 93 anos e a menção à saúde de Bolsonaro durante o julgamento são elementos importantes para a argumentação da defesa. A presença de figuras públicas em manifestações de apoio, como Maluf em post de cabeleireiro de Silvio Santos, pode também influenciar o entendimento do caso. A decisão do STF em relação ao pedido de prisão domiciliar para Bolsonaro deve levar em consideração esses aspectos.
Em resumo, o precedente estabelecido pelo STF ao conceder prisão domiciliar a políticos como Collor e Eduardo Cunha pode ser determinante no caso de Bolsonaro. A defesa argumenta a idade avançada e problemas de saúde como fundamentos para reverter o regime fechado do ex-presidente, ressaltando a necessidade de considerar cada caso individualmente.