STF julga recurso de Lula e pedido de liberdade para Eduardo Cunha

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar nesta quarta-feira (8) recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para anular provas obtidas na Operação Lava Jato e um pedido de liberdade para o ex-deputado federal Eduardo Cunha, preso desde outubro do ano passado por determinação do juiz Sérgio Moro.

A sessão de hoje está prevista para começar às14h e será a primeira da Corte para tratar da Lava Jato após a morte do ministro Teori Zavascki, que morreu em um acidente de avião em Paraty (RJ) no mês passado. Os processos são relatados pelo ministro Edson Fachin, que assumiu o comando dos processos oriundos da operação após a morte de Teori.

Lula

A defesa de Lula questiona a decisão do ministro Teori Zavascki, que devolveu ao juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, as investigações contra o ex-presidente na Lava Jato após aceitar parcialmente recurso dos advogados.

Os advogados pediram a anulação de toda a investigação contra o ex-presidente. Teori anulou somente a conversa grampeada entre Dilma Rousseff e Lula, na qual ela diz a ele que enviará o papel do termo de posse para a Casa Civil. A interceptação telefônica veio à tona após Moro retirar o sigilo das investigações.

De acordo com a defesa de Lula, a liminar não poderia ter sido julgada individualmente pelo ministro. Além disso, os advogados pedem que a Corte envie à Procuradoria-Geral da República (PGR) cópia da decisão de Teori para que Moro seja investigado por ter violado sigilo das conversas da Presidência da República.

Cunha

A defesa do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) alega que o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela prisão, descumpriu uma decisão da Corte.

Na petição, os advogados afirmam que o Supremo já decidiu que Cunha não poderia ser preso pelos fatos investigados contra ele na Operação Lava Jato, ao entender que o ex-deputado deveria ser afastado da presidência da Câmara, em maio do ano passado. Para a defesa, os ministros decidiram substituir a prisão pelo afastamento de Cunha.

A prisão foi decretada na ação penal em que o deputado cassado é acusado de receber R$ 5 milhões, que foram depositados em contas não declaradas na Suíça. O valor seria oriundo de vantagens indevidas, obtidas com a compra de um campo de petróleo pela Petrobras em Benin, na África. O processo foi aberto pelo Supremo, mas, após a cassação do mandato do parlamentar, a ação foi enviada para o juiz Sérgio Moro porque Cunha perdeu o foro privilegiado.

Fonte: Agência Brasil.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Após derrota de Bolsonaro, PL vai pedir anulação das eleições

Após derrota de Bolsonaro, PL vai pedir anulação das eleições

O Partido Liberal (PL), do atual presidente em exercício Jair Bolsonaro, vai pedir anulação das eleições. Depois de supostos estudos estatísticos alegarem mau funcionamento das urnas eletrônicas, representantes da sigla assinaram um documento para contestar o resultado do pleito. Vale lembrar que as Forças Armadas, assim como todas as entidades que fiscalizam a votação, não encontraram indícios de fraude ou inconsistência.

O pedido do PL

Desde que a apuração das urnas terminou, em 30 de outubro, apoiadores de Bolsonaro passaram a questionar a vitória de Lula (PT) para presidente. Diversos protestos estouraram pelo Brasil, como barreiras de caminhoneiros e manifestações em frente a quarteis.

Em seu primeiro discurso após perder as eleições, Bolsonaro não citou o nome de Lula, mas reconheceu discretamente o resultado das urnas. Agora, mais de duas semanas após a conclusão do pleito, o PL decidiu entrar com pedido de anulação, mesmo tendo sido o partido mais vitorioso em outros cargos.

A alegação do partido é de “interferência indevida nos percentuais de votação dos candidatos”. Eles adotaram auditoria de conformidade, auditoria operacional, inspeção, acompanhamento e monitoramento, segundo os próprios.

Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal (IVL); seu vice Márcio Abreu, engenheiro eletrônico, e o membro associado Flávio Gottardo de Oliveira, engenheiro aeronáutico, assinaram o documento.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp