STF marca para dia 12 julgamento sobre correção do FGTS

STF marca para dia 12 julgamento sobre correção do FGTS

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, marcou para 12 de junho a retomada do julgamento sobre a legalidade do uso da Taxa Referencial (TR) para correção das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

A discussão sobre o índice de correção das contas do fundo foi interrompida em novembro do ano passado, após pedido de vista (mais tempo para análise) feito pelo ministro Cristiano Zanin. O processo foi devolvido para julgamento no dia 25 de março.

O processo chegou a entrar na pauta do Supremo no início de abril, mas acabou não sendo chamada a julgamento.

Até o momento, o placar é de 3 votos a 0 para considerar inconstitucional o uso da TR para remunerar as contas dos trabalhadores. Votaram nesse sentido o relator, Luís Roberto Barroso, e os ministros André Mendonça e Nunes Marques.

Governo 

Neste ano, a Advocacia-Geral da União (AGU) enviou ao STF uma proposta para destravar o julgamento do caso. A sugestão foi construída após consulta a centrais sindicais e outros órgãos envolvidos na causa.

Em nome do governo federal, a AGU defendeu que as contas do fundo garantam correção mínima que assegure o valor do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial da inflação.

A proposta vale somente para novos depósitos a partir da decisão do STF e não se aplicaria a valores retroativos.

Para a AGU, deve ser mantido o atual cálculo que determina a correção com juros de 3% ao ano, o acréscimo de distribuição de lucros do fundo, além da correção pela TR. Contudo, se o cálculo atual não alcançar o IPCA, caberia ao Conselho Curador do FGTS estabelecer a forma de compensação. O IPCA acumulado nos últimos 12 meses é de 3,69%.

Entenda

O caso começou a ser julgado pelo Supremo a partir de uma ação protocolada em 2014 pelo partido Solidariedade. A legenda sustenta que a correção pela TR, com rendimento próximo de zero, por ano, não remunera adequadamente os correntistas, perdendo para a inflação real.

Criado em 1966 para substituir a garantia de estabilidade no emprego, o fundo funciona como uma poupança compulsória e proteção financeira contra o desemprego. No caso de dispensa sem justa causa, o empregado recebe o saldo do FGTS, mais multa de 40% sobre o montante.

Após a entrada da ação no STF, novas leis começaram a vigorar, e as contas passaram a ser corrigidas com juros de 3% ao ano e acréscimo de distribuição de lucros do fundo, além da correção pela TR. No entanto, a correção continua abaixo da inflação.

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Goiás bate recorde de novas empresas registradas em 2024

Goiás fechou o mês de novembro de 2024 com um total impressionante de 36.276 novas empresas registradas, ultrapassando em 2.429 o número de empresas registradas em todo o ano passado, que foi de 33.847. Esse recorde foi batido ainda no início de novembro, no dia 6, quando o registro de negócios alcançou a marca de 33.853 novos CNPJs.

A expectativa é que Goiás feche o ano de 2024 muito à frente do próprio recorde. Os números, fornecidos pela Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg), consideram apenas as empresas que não se enquadram no perfil Microempreendedor Individual (MEI). Segundo o presidente da autarquia, Euclides Barbo Siqueira, a quebra do recorde já era esperada devido ao registro de crescimento do estado. “Seguramente, fecharemos o atual ano com aproximadamente quatro ou cinco mil empresas a mais do que registramos em 2023. Isso mostra que nossos esforços para facilitar a vida de quem quer empreender em Goiás têm dado muito certo”, comemora.

O crescimento de novos negócios goianos reflete a facilidade de abertura de um CNPJ, que é realizado 100% online e dura em média 24 horas. Atualmente, há 1.176.254 empresas ativas em Goiás, com 30,5% delas sediadas em Goiânia. Além disso, 1.868 empresas possuem capital social superior a R$ 500 mil. Aparecida de Goiânia, Anápolis, Rio Verde e Valparaíso completam o top 5 dos municípios com mais empresas.

Setores com Maior Crescimento

As cinco atividades com mais registros em novembro de 2024 foram: serviços combinados de escritório e apoio administrativo; atividades de consultoria em gestão empresarial, exceto consultoria técnica específica; promoção de vendas; construção de edifícios; e serviços de engenharia. O penúltimo mês do ano registrou 2.994 novos CNPJs, demonstrando a dinâmica e o potencial econômico do estado.

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